Renunciar / Mobi

14 fevereiro a 24 junho 2023

Tour Virtual

(…) E se não fossem essas pessoas que lá estão, talvez tudo já fosse ruína. (…)

Aloísio Magalhães, sobre São Luís e a diretiva para a preservação do patrimônio histórico.

Tal como aquelas águas nas quais se derrama uma gota de corante, que basta para colorir toda bacia. 

Jacques le Goff

 

Como tudo sob o céu, a cidade se divide entre um lado de luz e outro de sombra. Os edifícios e as antenas são algo pela manhã, que não mais ao entardecer. À noite, as ruas voltam ao subterrâneo, no sono de alguns, no despertar de outros. Em dimensões pluridirecionais, a cidade cresce – camada sobre camada, era sobre era, festa sobre festa, massacre sobre massacre. Em oposição sempre complementar, coisas são criadas e destruídas. O norte não existe sem o sul, muito menos as alturas, sem as fundações que pretendem alcançar a China. O piche dos pavimentos chega a ficar grosso, dependendo da idade das avenidas. As rugas se acumulam, próximas ao meio fio. Tudo é soterrado, mas desterrado também.  Pelas beiras, o asfalto nem chega, porque não acompanha (e nem quer alcançar) a rapidez da fundação urgente dos novos bairros. Dá para dizer, até mesmo, que ele só empurra a terra, junto com aqueles que a ela pertencem, para as margens.

A forma não é tola. O muro não é tolo. O risco das ruas não é tolo. As casas não são tolas. As igrejas, as pontes, as praças e os cavalos metálicos que nelas dormem, em avanço numa câimbra sem fim, não são tolos. O desenho é desígnio e aponta para fora, em projeto.  Não à toa, um dos símbolos inaugurais para as cidades gregas era o rastro da flecha de Apolo no céu, projétil que determinava o caminho a ser traçado. Delimita-se o dentro, o fora e a propriedade. No marco zero, a igreja rasga, irradia, inaugura. Matriz. A cidade é o lugar da religião, porque é onde estão os mendigos. É a própria religião, porque separa e cinde. Ninrode que o diga. Deus mora nas cidades, mas o diabo! Nem tudo é assim tão certo. As esquinas são um jogo de azar impreciso. É como a carta de tarot que indetermina: roda da fortuna, torre, eremita, carro, imperador, amantes… enforcado. É, ao mesmo tempo, o possível e o impossível. É mãe e algoz do destino. É confusão.

Ela é o lugar da poesia, da prosa e do frenesi – praça pública – lugar do comício e do julgamento, onde a palavra torna as multidões possíveis. E nas passeatas, ombro a ombro, mão, contramão, cotovelos entrelaçados. Os gestos são erguidos no ar, inspiração para aqueles que, aos céus, o punho levantam. Os universitários agitados estabelecem, com ela, um diálogo quase que amoroso. Entre orgulho e desprezo, estudantes são afagados pelas ruas, praças e anfiteatros, e, reprimidos, com direito a suspiro de alívio, quando se baixam as faixas e a noite dá conta da dispersão.

A cidade, por excelência, é o lugar do encontro e da comunicação: nas paredes brancas, picho;  nos postes, cartaz de amarração e magia;  nas ruas, pregões;  nas praças, sermão. Festa! O que se comemora na cidade é a própria urbanidade, a congregação, a ciranda, o ciclo, a moda, a fantasia do mundo de oposições. O ritual, bem como o sacrifício, é eterno. O relógio marca pontualmente as pautas de suas páginas. Nelas, esbarramos com o que vem e vai para longe, marcamos rendez-vous, engarrafamos nas pistas. Nada pertence – ai, o carnaval! Nos blocos, seguimos sozinhos e, já ao subir no ônibus, de volta para casa encontramos sem querer encontrar. Uns contra os outros, baixamos a cabeça, pelo desvio… rezamos pela solidão. Esgueiramos o olhar, perpetuando o que resta de fantasia, com o cuidado para não sermos reconhecidos fora dela, mortais que somos. Os becos, as ruelas, as escadas públicas esvaziadas vaticinam a solidão inquietante. O trabalho, a cada hora, o trabalho. Tudo silencia ao fechar a porta da rua. No instante do clique da fechadura, surge o zumbido estranho que nos chupa em alguns instantes de vácuo. Um dia, somos donos dos palcos, em poucas horas, completamente anônimos, inalterados.

A cidade é tabuleiro de muitos peões e um só rei: cada um no seu quadrado. É uma ideia, uma imagem, uma persona, porque tem nome. Não se trata a cidade como os números: cidade um, cidade dois, cidade três. Nem como o alfabeto A, B ou C. Não existe cidade genérica, e as que se pretendem, coitadas!  A cidade finge, porque sabe antes. Ela carrega em si algo por vir que não existe ainda, mas já está presente.  Antes, cidade é jogada política. Faz nascer o cidadão abstrato, modelo do homem a quem se destinam as leis e as prisões… ostracismo sempre é a pena máxima. Objeto! A cidade não é para todos, nunca foi. Sai para lá, Jeca!  Ela nasce exclusiva. A polis grega é onde apenas os que possuem nome ocupam um lugar ao sol. Urbes quer dizer redondo, como o orbe, ou seja, esfera universal que os monarcas tomam pelo mundo. Ela explode e impõem a paisagem.  Nada mudou, a cidade nega e sonega. E quando afirma, nega clandestinamente. Indecifrável, ergue-se tal qual esfinge protetora que devora. Em seu enigma, poder é verbo e substantivo.

A ruína é sua traição incontornável e inadmissível. Nas rachaduras brotam alguns pedaços de campo, domínio do natural, resquício do passado sobre o passado. Barata, sem-teto, marginal. Rato, pomba suja! Beira de rio, boca de lobo, enchente. Carcaças. Inadmissíveis!  E, portanto, estes últimos são sua prole! Existem apenas nela e por sua causa. Saturno devorou os próprios filhos. A cidade é selvagem. Ela guarda para si a qualidade de fera. Não admite concorrência. Só aceita os corpos dóceis. Mas finge! Permite apenas as aparências. Os bichos não são tão bichos, dentro dos seus limites: cachorro em coleira, gato vira-lata, carnes de açougue. Talvez, apenas aqueles que voam, mantenham a pressa do predador e da presa. Até mesmo onde há revolta, até mesmo o que transborda e escorre parece perder-se na dissimulação cínica do sobe e desce calçada.  Sempre presas. Nós somos pela cidade. Migramos para a cidade; abrimos mão da própria existência pela cidade, porque somos cidade. Criador e criatura, neste lugar, não possuem distinção. Fingem! Como numa pedra de sacrifício, abdicamos do nosso corpo, do nosso nome. Para ser tudo isso, deglutir e excretar todas as coisas, à cidade e aos seus, só resta renunciar.

Renunciar

A fotografia é uma linguagem urbana. Ela se originou na cidade e pela cidade. Assim como os grandes centros da atualidade, é o ápice do simulacro do real. As primeiras imagens da história da fotografia são pontos de vista sobre a cidade; não a visão espontânea, mas antes forjada pelo equipamento e pelo distanciamento que este proporciona a quem se arrisca utilizá-lo. Podemos dizer que a essência da fotografia e da cidade chegam a confundir-se, no sentido próprio das coisas que, de tão entremeadas, fundem-se. O Boulevard du Temple, de Daguerre, um dos primeiros experimentos da fotografia, é flagrante. Naquela imagem, o único ser que não pertencia à cidade de fato foi aquele que permaneceu parado. O movimento urbano é imprescindível para a fotografia. Mesmo quando o objeto é o natural, o olhar que o recobre é urbano. Sem ele, não seria arte. E daí o cinema.

Mobi fotografou São Luís e seus agentes. Não fez retrato de paisagem, mas antes capturou as imbricações e os pontos de tangência. Capturou a si, enquanto habitante da cidade amazônica disfarçada de cidade temperada, escorregando por entre as brechas. Por isso, diante da obra, enxergamos uma estrutura em suspensão, que se resume num estranho ponto de interrogação, como quando chamamos alguém que talvez tenhamos reconhecido pelas ruas – Mobi?

A peripécia, a função foto-jornalística, os disparos erráticos, até o 3×4 do documento corroboram com o engano – tudo é movimento e ficção sem data. Não é a cidade uma ficção?  Não é a cidade objeto da imaginação e da representação? O simulacro parece ser uma preferência de nossa época. Quantas imagens não ressoam, como máscaras mortuárias diretamente em nossa memória atomizada e constituída por flashes? Qual parte do momento, do real momento, está fora dos quadros regidos pelo fotógrafo? Por isso, ao depararmo-nos com a imagem que traz a inscrição gasta: Renunciar, perguntamo-nos se esse movimento não é perpétuo, e se: não é a cidade que vivemos apenas um espectro de toda potência vital renunciada que reside em cada um de seus cidadãos? A resposta é sim e não, como caminhar sobre um traço que delimita um círculo.

Ao que Mobi renunciou? Ao que renunciamos? Quem renuncia quem?

A exposição foi pensada como cartas, frente e verso, e propõe três linhas narrativas que podem ser embaralhadas. Quem corta o monte e distribui é Mobi. O primeiro sentido é o que chamamos didaticamente de cidade oficial. É aquela que facilmente se mostra aos olhos, que reconhecemos com rapidez e que pretensamente possui um valor histórico. O segundo seria seu avesso, ou seja, o que a cidade esconde ou o que gostaríamos de esconder. É essa dimensão selvagem que nos persegue, a parte de nós que enterramos, os bichos que matamos. O terceiro são retratos espectadores, personagens que viveram a São Luís retratada, como talvez a vivamos hoje. Foram capturados em seu recuo sobre as coisas. São espectadores que, assim como nós, aguardam o desvendamento da charada. Ao caminhar, é com essas personagens que trocamos olhares, ora de cumplicidade, ora de antipatia.

Que cada um organize seu leque de blefes. As imagens, assim como as cidades, guardam seus mistérios.  Sobretudo, não compare o ontem com o que restou ou foi alterado. Esse ensejo seria uma bobagem. O mundo não cabe em imagens, mas cabe nas cidades. Existe muito mais para além do que se mostram aos olhos. Antes, o convite é de aprofundar a ficção, traçar novas narrativas banhadas de invenções urbanas que possibilitem o reconhecimento, isso, para que não permaneçamos em nossos lugares abdicados.

Gabriel Gutierrez, curador da exposição Renunciar / Mobi

¹ MAGALHÃES, Aloísio. E Triunfo? A questão dos bens culturais no Brasil. Nova Fronteira – Pró-Memória. Rio de Janeiro, 1985.
² LE GOFF, Jacques. Por Amor às Cidades: conversações com Jean Lebrun. Unesp. São Paulo,2022.
³ SONTAG, Susan. Sobre fotografia. Companhia das Letras. São Paulo, 2004.

Cidade de Renúncias

O território constrói relações de coexistência com estruturas concretas que dialogam para a materialização das abstrações envoltas da construção humana. A complexidade do fato urbano é consequência direta dos processos colonizadores e esbarra nas legislações urbanísticas vigentes, em um cenário de desconexões entre retórica e prática. O território é a matriz de todas as transformações da sociedade e é um elemento fundamental para a formação da identidade e o reconhecimento de um determinado grupo e suas diferenças em relação a outro. Formas distintas de construir e habitar coexistem no espaço urbano como cidades formais e informais. A desigualdade fomentada na modernidade para afirmação de determinados sujeitos dignos e constituintes do espaço gerou pluralidades que marcam a construção da urbe em territorialidades informais.

A cidade formal é o cenário que existe na legislação urbana: um sistema bem articulado, com convenções e normas que determinam o uso e a ocupação do solo favorecendo condições de habitabilidade, infraestrutura, acessibilidade e segurança em prol do bem coletivo. A cidade informal se constrói por grupos sociais marginalizados em padrões de assentamentos espontâneos movidos pela própria necessidade de habitar. A desigualdade urbana é a consequência histórica do favorecimento de políticas públicas e investimentos destinados a apenas uma territorialidade. As urbes plurais dentro do singular se retroalimentam coexistindo contíguas. A informalidade é construída como o Não-Ser para que a formalidade tenha o fundamento do Ser.

As ruínas da cidade são o retrato do que não se quer mais, a convergência do passado da formalidade que não acompanhou o trajeto das modernidades em busca da exclusão contínua e da separação do que vive, convive e sobrevive no espaço urbano. A existência de cidades opostas convivendo contíguas esbarra na construção de um espaço coletivo que todos tenham direito. O fazer e habitar coletivo criam um sistema democrático de diálogos, colaborações e ações conjuntas. O direito à cidade é essencialmente coletivo; a igualdade de acessos, mobilidades, participações e escolhas nos processos urbanos não podem ser individuais. A fragmentação de usos na cidade promove relações e acessos desiguais que fluem para segregações. O direito à cidade engloba uma pluralidade de reivindicações de movimentos sociais como infraestrutura urbana de qualidade, equilíbrio ambiental, saneamento básico, formas de mobilidade diversas e moradias dignas para a construção de uma sociedade justa.

O direito à cidade e à moradia são assegurados pela Declaração de Direitos Humanos Universal e pela legislação urbanística brasileira. No Estatuto da Cidade, instituído pela Lei 10.257/01, o direito à cidades sustentáveis abrange “o direito à terra urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, à infraestrutura urbana, ao transporte e aos serviços públicos, ao trabalho e ao lazer, para as presentes e futuras gerações” e também, à gestão democrática por meio da participação da população e de associações representativas (art. 2º, inciso I). A Lei 11.124/05 assegura o acesso à terra urbanizada e à habitação digna e saudável. O direito à cidade é indivisível, intransferível e todos os habitantes das cidades são os seus titulares. Entretanto, por mais que seja um direito constitucional, não faz parte da realidade.  A retórica e a prática do planejamento urbano brasileiro configuram-se em uma dança desconexa com movimentos opostos sem pontos de conversão.

É a luta das minorias políticas organizadas em movimentos sociais, como associação de moradores, movimento dos sem teto e sindicatos populares, que é capaz de garantir a inclusão de direitos no campo urbano para cidades mais igualitárias. Os movimentos sociais que lutam pelo direito à moradia e pela terra constroem uma luta essencial em prol da justiça urbana. O direito à moradia é indissociável do direito à cidade. A moradia precisa estar integrada à mobilidade, infraestrutura, lazer e aos demais componentes da vida urbana para que a participação de cada cidadão

não se restrinja apenas à propriedade particular. A luta pela moradia faz parte da história dos movimentos sociais brasileiros e são responsáveis por inúmeras conquistas coletivas, mas são historicamente criminalizadas e marginalizadas pela segregação espacial imposta pela sociedade capitalista.

O artigo 5º da Constituição Federal afirma que “a propriedade atenderá a sua função social”. Todo imóvel, rural ou urbano, deve ser utilizado em prol dos interesses da sociedade e não apenas dos proprietários. A função social impõe limites ao direito de propriedade para garantir que o seu exercício não seja prejudicial ao bem coletivo. As edificações que não cumprem sua função social desrespeitam a legislação. A ocupação de imóveis sem função social é a efetivação de um dever previsto em lei.

A formação e expansão urbana do Centro Histórico de São Luís estão inseridas em um contexto amplamente colonial que perpassa a sua arquitetura e, também, os modos de ocupação e produção da cidade. O processo urbano de São Luís aconteceu em meio ao período escravocrata da modernidade colonial. A visão do colonizador impregna a historiografia da cidade priorizando uma perspectiva de apreciação patrimonial em detrimento de críticas acerca da marginalização social promovida durante a urbanização da área histórica ludovicense. O patrimônio do Centro Histórico é analisado de forma apreciativa e material, ignorando a violência inerente à sua construção. Os eufemismos discursivos da modernidade colonial invisibilizam a necessidade de crítica à área central da cidade como palco inicial da desigualdade urbana, racial e social de São Luís.

Na segunda metade do século XX, o Centro Histórico de São Luís passou a abrigar cada vez menos famílias abastadas e as atividades começaram a se concentrar principalmente nos setores comerciais. Com a expansão da cidade, a abertura e pavimentação de novas vias públicas, como a Avenida Getúlio Vargas, propiciou a transferência da população de alta renda para redondezas cada vez mais afastadas do centro. A desvalorização e a marginalização desta área foi ficando cada vez mais evidente; a imagem social de um ambiente de famílias aristocratas e refinamento ruiu à medida em que a população mais pobre ocupou estes espaços em maior quantidade.

Neste contexto de segregação, as lutas de movimentos sociais por direitos urbanos ganharam força e tiveram o Centro Histórico como palco. A base dos processos modernos da urbe ludovicense foi construída com os pilares da colonialidade, reforçando exclusões na cidade, demarcando a cidade formal e informal e seus devidos habitantes. A ilha de São Luís apresenta inúmeros problemas urbanos que impõem segregações veladas e marginalizam a população para regiões periféricas e desvalorizadas, de modo que se assegure e demarque a diferença entre classes. Os movimentos sociais, responsáveis por todas as conquistas em prol de uma cidade mais coletiva, em um cenário com mais de 60 anos de lutas, ainda resistem.

O espaço urbano constrói-se em renúncias. A cidade formal renuncia a informalidade e o que não se alinha à lógica da modernidade. Renúncia às ruínas. Renúncia aos bichos na matéria e no imaginário. Renúncia aos usos coletivos para promover a exclusividade. As escolhas na construção urbana renunciam o Outro, aquele que foi construído para ser o informal como fundamento daquele que habita a formalidade. As ideias fora do lugar e o lugar fora das ideias renunciam a cidade pela moradia, promovendo habitantes que não habitam. Moradores que não moram. Vivem no vai e vem de renúncias diárias da mobilidade que instrumentaliza a segregação. Indivíduos que resistem para não renunciar de seus direitos coexistem na cidade, mesmo que ela os renuncie. Todos os direitos perpassam o território urbano, pois o palco de todas as revoluções é a cidade. As renúncias entre a cidade formal e informal constroem um lugar que não é de todos e que também não é de ninguém, tornando-se apenas uma cidade de renúncias.

Larissa Anchieta

São Luís, dezembro de 2022.

Biografia

Junho de 1953

Nasce em Ipixuna, atualmente conhecida como São Luiz Gonzaga, Luiz Gonzaga Araújo Frazão –  Mobi – filho da tecelã e professora cearense Teresa Oliveira Araújo e do comerciante Benedito Frazão.

1969

Muda-se para São Luís do Maranhão.

1978

Inicia profissionalmente seus trabalhos como fotógrafo após uma breve formação em Fortaleza.

1982

Realiza sua primeira exposição individual Facetas da Ilha, como leitura sobre o Poema Sujo de Ferreira Gullar, na galeria da Aliança Francesa em São Luís.

Fevereiro de 1985

Realiza a exposição individual Aspectos da Ilha, na galeria de arte Newton Pavão da Fundação Joaquim Nabuco, localizada na Rua do Giz 49 no bairro da Praia Grande. Logo após, leva a mesma exposição para o salão de Conferências do PDT, em São Luís, para o Centro Cultural São Lourenço, da cidade de Curitiba, Paraná e para o Mondego`s Bar, no bairro de Fátima em São Luís

 

Vence o concurso de fotografia da XII Semana Maranhense de Folclore, promovida pela Secretaria de Cultura do Estado do Maranhão, juntamente com o Centro de Cultura Popular Domingos Vieira Filho, com a série de fotografias que retratavam o tratamento artesanal do couro para confecção de instrumentos usados em manifestações da cultura popular.

 

Janeiro de 1986

Mobi integra a chapa Renovação, candidata a diretoria da Associação Profissional dos Fotógrafos do Estado do Maranhão, propondo-se a ocupar o cargo de diretor de divulgação e promoção.

Março de 1986

A chapa Renovação é eleita e Mobi assume o cargo de diretor de promoção. A Associação Profissional dos Fotógrafos do Estado do Maranhão havia sido fundada em 1976 e desativada anos depois. A eleição da nova chapa trazia esperança de ativação e organização da classe.

Abril de 1986

Abre sua terceira exposição, Fragmentos da Terra, na Galeria Eney Santana, trazendo ao público uma visão crítica da sociedade ludovicense.

Junho de 1986

Expõe Fragmentos da Terra, na Galeria Eney Santana, anexa ao Teatro Arthur Azevedo.

Setembro de 1986

Organiza, juntamente com Paulo Socha, a I Mostra Coletiva de Fotógrafos Maranhenses.

1987

Assume o cargo de professor de fotografia da Sociedade Maranhense de Defesa dos Direitos Humanos.

Junho de 1987

Realiza sua quarta exposição fotográfica, na Galeria Eney Santana, intitulada Foto Pin, seguindo a mesma linha narrativa: a cidade, o ser humano e o cotidiano.

 

Agosto de 1987

Integra o grupo de fotógrafos ludovicenses da 6º Semana Nacional de Fotografia, em Ouro Preto, onde participa das oficinas Fotografia de rua, o ato de fotografar e A fotografia e o cinema.

1988

Realiza a exposição fotográfica Negro Trabalho, na Galeria Eney Santana.

 

1989

Realiza a exposição fotográfica Vivenciando Barreirinhas, pelo Banco do Brasil, no próprio município homenageado.

Abril de 1989

Conquista o Prêmio de Fotografia Gaudêncio Cunha, com o trabalho O Pequeno Fogueteiro.

Junho de 1989

Ministrou o I Curso Dinâmico de Fotografia promovido pela prefeitura de Barreirinhas.

Novembro de 1989

Coordena, com Luís da Paz, a II Mostra de Fotografia, levando para o debate a importância da profissão de fotógrafo para a sociedade.

Junho de 1990

Expõe na I Semana de Fotografia, no Centro de Criatividade Odylo Costa Filho – Exposição Transição ou Transação.

Agosto de 1990

Realiza a III Mostra Coletiva de Fotografia.

Junho de 1991

Abre a exposição Lagoa da Jansen Morte e Vida, no Centro de Criatividade Odylo Costa Filho.

Agosto de 1991

Expõe na II Semana de Fotografia, no Centro de Criatividade Odylo Costa Filho, ao lado de fotógrafos maranhenses, como Ribamar Alves.

Abril de 1992

Recebe menção honrosa no concurso de fotografia Filhos da Precisão, promovido pela Secretaria de Estado da Cultura e pelo Centro Brasileiro para a Infância e Adolescência.

Outubro de 1993

Casa-se com Raimunda Pinheiro de Souza, que passa a assinar Raimunda Pinheiro de Souza Frazão.

Setembro de 1994

Com Raimundinha, Mobi funda o Movimento Ecológico Regional de Saúde com Arte – MOVERSARTE, com uma grande festa em sua residência. O projeto foi responsável por iniciativas sociais, ambientais e culturais voltadas aos moradores de São José dos Índios. Durante sua existência, atuou em parceria com organizações não-governamentais na cobrança de órgãos públicos por melhores condições de vida para a população, pela preservação do meio ambiente, promovendo cursos profissionalizantes e ações de cultura. Artistas maranhenses como Dona Teté, Sandra Cordeiro, Rosa Reis, Mestre Felipe, dentre outros, colaboraram com o movimento.

1996

Realiza a exposição São Luís em Fotos e Poesias, na Agência Filatélica dos Correios.

Junho de 1999

O MOVERSARTE apresenta a exposição Ovo no (Quintal) Nosso, com fotografias de Mobi, no LABORARTE.

Março de 2007

Mobi falece vítima de um acidente de carro.

RENUNCIAR / MOBI

Curadoria

Gabriel Gutierrez

Coordenação Artística

Deyla Rabelo 

Gabriel Gutierrez

Expografia

Gabriel Gutierrez

Raimundo Tavares

Textos e pesquisa

Deyla Rabelo

Edízio Moura

Gabriel Gutierrez

Larissa Anchieta

Ubiratã Trindade

Iluminação

Calu Zabel

Karine Spuri

Documentário Mobi

Beto Matuck

Comunicação Visual

Fábio Prata, Flávia Nalon (PS.2)

Revisão de Textos

Ana Cíntia Guazzelli

Digitalização de Acervo Fotográfico

Adson Carvalho

Impressão

Daniel Renault (Giclê Fine Art)

Acervo Mobi

Edu Cordeiro (responsável)

Conservador de fotografia

(IFMA – Campus São Luís/Centro Histórico)

Produção Executiva

Maíra Silvestre, Marcelo Comparini (MC²)

Produção

Alex de Oliveira

Pablo Adriano

Samara Regina

Montagem

Diones Caldas

Fábio Nunes Pereira

Marlyson Nunes

Nebraska Diamond

Rafael Vasconcelos

Renan José

 

CENOTECNIA

Pintura

Gilvan Brito

Serralheria

José de Souza Cantanhede

Elétrica

Jozenilson Leal

Marcenaria

Dyoene Frazão Ribeiro

Edson Diniz Moraes

Nerilton Fontoura Barbosa

 

AGRADECIMENTOS

Adson Carvalho 

Edu Cordeiro 

IFMA – Campus São Luís – Centro Histórico 

Raimunda Frazão

Direção
Gabriel Gutierrez

Assistência de Direção
Deyla Rabelo

Coordenação do Programa Educativo
Ubiratã Trindade

Educadores
Alcenilton Reis Junior

Amanda Everton

Maeleide Moraes Lopes

 

Estagiários do Programa Educativo
Carlos Carvalho

Iago Aires

Jayde Reis

Lyssia Santos

 

Coordenação de Comunicação
Edízio Moura

Design

Ana Waléria

Coordenação de Produção
Alex de Oliveira

Produtores
Pablo Adriano Silva Santos

Samara Regina

Coordenação Financeira
Ana Beatris Silva (Em Conta)

Financeiro
Tayane Inojosa

Administrativo
Ana Célia Freitas Santos

Recepção
Adiel Lopes

Jaqueline Ponçadilha

Zeladoria
Fábio Rabelo

Kaciane Costa Marques

Luzineth Nascimento Rodrigues

Manutenção
Yves Motta (supervisão geral)

Gilvan Britto

Jozenilson Leal

Segurança
Charles Rodrigues

Izaías Souza Silva

Raimundo Bastos

Raimundo Vilaça

Presidente

Eduardo Bartolomeo 

Vice-Presidente Executiva de Sustentabilidade

Maria Luiza de Oliveira Pinto e Paiva

 

 

Presidente do Conselho Estratégico

Maria Luiza de Oliveira Pinto e Paiva

Vice-Presidente do Conselho Estratégico

Flávia Constant

 

Diretor Presidente

Hugo Barreto

Diretor

Rodrigo Lauria

Diretora

Luciana Gondim

Coordenadora de Patrocínios e Projetos

Marize Mattos

Gerente de Gestão e Processos de Governança

Gisela Rosa