Indígenas.BR - Festival de Músicas Indígenas - Programação 09/09

Dia 09/09 – quinta-feira – 19h

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Mostra de documentários
– Histórias e Cantos Indígenas Guajajara & Kanela* – Povo Guajajara Tentehar –  Aldeia Lagoa Quieta – Terra Indígena Arariboia – Amarante (MA) – Direção: Diego Janatã e  Djuena Tikuna – 2021
– Histórias e Cantos Indígenas Guajajara & Kanela* – Povo Guajajara Tentehar – Aldeia Maçaranduba – Terra Indígena Caru – Alto Alegre do Pindaré (MA) – Direção: Diego Janatã e  Djuena Tikuna – 2021
Bate-papo 
– Presença indígena no Maranhão – Diego Janatã e Ligia Soares . Mediação: Magda Pucci

– Histórias e Cantos Indígenas Guajajara & Kanela* – Povo Guajajara Tentehar –  Aldeia Lagoa Quieta – Terra Indígena Arariboia – Amarante (MA)

Esse documentário mostra os cantos que fazem ecoar a cultura Guajajara Tentehar na Terra Indígena Araribóia, uma região de reconhecida fama por ser território de valorosos cantadores. São gerações que perpetuam cantorias ancestrais, alegrando os seus Mayra nos rituais do Moqueado (Wyra’o haw), Mesadas e Festas de Mel (Zemuishi o haw). Na última década o povo Guajajara perdeu os seus maiores cantadores, os tumui Vicente da aldeia Araribóia, Chicão da Lagoa Comprida e Abrahão do Juçaral. Cantadores tidos como grandes mestres que passaram para os seus discípulos os saberes da tradição. Os principais representantes dessa nova geração de cantadores foram entrevistados para esse documentário. Destaca-se também a inciativa das lideranças indígenas que criaram o Centro de Saberes Tentehar Tukán, para ser mais um espaço para a juventude manter viva a sua cantoria e para se fazer ouvir o som dos Maracá que carregam a voz dos espíritos.

Direção: Diego Janatã e  Djuena Tikuna
Ano: 2021
Cantadores / Depoimentos:
Davi Guajajara
Milton Guajajara
Zé Maria Guajajara
Fabiane Guajajara
Maria Santana Guajajara
Silvio Santana Guajajara

Histórias e Cantos Indígenas Guajajara & Kanela* – Povo Guajajara Tentehar – Aldeia Maçaranduba – Terra Indígena Caru – Alto Alegre do Pindaré (MA)

Esse documentário é um precioso registro das narrativas de resistência cultural dos guardiões da cantoria Guajajara Tentehar, no território Caru, na Amazônia maranhense, que também estabelecem uma relação especial com seus parentes do povo Tembé Tentehar, vindos do vizinho Estado do Pará. Trata-se da velha guarda de cantadores que embalaram por muitos verões os “Rituais de Moqueado” nas noites enluaradas das aldeias banhadas pelo rio Pindaré. Evocam em seus cantos a ancestralidade ligada a floresta, herdando cantorias tiradas em homenagem aos seres que habitam as matas, os rios e o céu. Esses cantadores, querem passar o maracá para as novas gerações, entretanto, encontram dificuldades, por isso buscam apoio para que os jovens ouçam esse chamado.

Direção: Diego Janatã e  Djuena Tikuna
Ano: 2021
Cantadores / Depoimentos:
Manoelzinho Guajajara
Antônio Guajajara
João Guajajara
Nelson Tembé
Mariazinha Guajajara
Marcilene Guajajara

Bate-papo – Presença indígena no Maranhão

Participantes: Diego Janatã e Ligia Soares

Mediação: Magda Pucci

 

A artista e jornalista indígena Djuena Tikuna e o jornalista, e músico Diego Janatã dirigem três mini-documentários produzidos especialmente para o festival de Músicas indígenas do CCVM. Nesse bate-papo, ele conta o processo de gravação dos cantores de dois importantes povos do Maranhão que vivem em três aldeias Maçaranduba, Lagoa Quieta e Escalvado. As melodias nas vozes do cantadores e cantadoras dos povos Guajajara Tentehar e Kanela Rankokamekrá embalam as narrativas de resistência e protagonismo para manter essas culturas vivas.

Diego Janatã
O maranhense Diego Janatã tem viajado por diversas comunidades indígenas, por todo o Brasil, pesquisando e registrando a musicalidade dos povos das florestas e também o som dos tambores das comunidades quilombolas e tradicionais do Maranhão e de outras partes da Amazônia.
Como fotógrafo documentarista tem se dedicado ao registro das diversas manifestações da rica cultura indígena na região, trabalhando especialmente com os povos Guajajara Tentehar e também com o povo Tikuna, da região do Alto Solimões, no Amazonas, na fronteira do Brasil com o Peru e a Colômbia.
Sempre disposto a vivenciar as tradições da cultura popular, como percussionista Janatã foi aluno do Mestre Eliberto Barroncas, renomado multi-instrumentista, artista plástico  e imortal da academia amazonense, fundador do grupo Raízes Caboclas,
Uma das maiores referências da música orgânica no norte do país. Janatã também é discípulo do Mestre Castro, amo do Bumba Meu Boi de Pindaré, um dos mais tradicionais do Maranhão e fundador do Tambor de Crioula Punga Baré, precursor  do gênero em Manaus – AM. Atualmente Janatã está produzindo, ao lado da cantora Djuena Tikuna, um projeto de pesquisa musical contemplado no Edital Natura Musical, um dos mais prestigiados do país. O artista também foi indicado ao lado de Djuena Tikuna, ao Indigenous Music Awards, a maior premiação da música indígena em todo o mundo.
Ligia Soares
Graduação em Ciências Sociais (bacharelado e licenciatura) pela Universidade Federal do Maranhão, mestrado em Ciências do Ambiente (UFT) e doutorado em Antropologia pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM) com estágio sanduíche no Smithsonian Institution (National Museum of Natural History e Folkways). Tem experiência na área de Antropologia, com ênfase em Etnologia Indígena, Etnomusicologia e Antropologia da Arte. É pesquisadora efetiva do Núcleo de Estudos e Assuntos Indígenas da UFT e do INCT Brasil Plural – UFSC/UFAM/UFRN/UFMT/UFT, sendo pesquisadora colaboradora do Centro Timbira de Ensino e Pesquisa Penxwyj Hempejxá/CTEPPH localizado na cidade de Carolina – Maranhão.
Magda Pucci
Musicista (arranjadora, compositora e cantora) e pesquisadora independente de músicas do mundo e das culturas indígenas brasileiras. Formada em Música pela USP, mestre em Antropologia pela PUC-SP e Doutora em Pesquisa Artística pela Universidade de Leiden, na Holanda. É diretora musical e fundadora do Mawaca, um grupo de música com sede em São Paulo, que pesquisa e performa músicas em mais de 20 línguas tendo recebido alguns prêmios na área da música.
Trabalhou em projetos musicais em colaboração com comunidades indígenas brasileiras como Kayapó, Guarani Kaiowá, Huni-Kuin, Paiter Suruí e outros, além de projetos sociais com crianças e refugiados. A experiência de Magda Pucci com a temática indígena se aprofundou ao realizar seu mestrado em Antropologia, quando desenvolveu pesquisa sobre a arte oral do Paiter Suruí de Rondônia. Desde 2005, desenvolve projetos de divulgação das culturas indígenas desde a publicação de livros assim como espetáculos e intercâmbios entre indígenas e não indígenas como o CD e DVD Rupestres Sonoros – O canto dos povos da floresta, com recriações de músicas dos povos Kayapó, Paiter-Suruí, Ikolen-Gavião, Tupari, Huni-Kuin entre outros. Em 2011, realizou intercâmbios musicais na Amazônia com o Mawaca com músicos Ikolen-Gavião, Paiter Suruí, Kambeba, Huni Kuin, Karitiana e Comunidade Bayaroá. Em 2019, realizou Mekaron a imagem da alma – um encontro do Mawaca com os Kayapó.