Entrevista com o músico Anuiá Amarü, realizada em janeiro de 2017, em Imbassaí (BA) no Festival Encontro de Culturas – Dançando pela Paz – um encontro multiétnico com cinco diferentes culturas indígenas do Brasil e culturas do exterior.
Anuiá vem de uma família de pajés de dois povos do Xingu: Kamayurá e Yawalapiti, sendo o filho mais velho de Maniwa Kamayurá, mestre das artes e ofícios dos saberes tradicionais. Durante o festival, Anuiá interage com diferentes músicos e professores de dança de diferentes países.
Entrevistado pela pesquisadora e musicista Magda Pucci e da jornalista holandesa Charlie Crooijmans, Anuiá Amarü toca sua flauta e explica como aprendeu a tocar a flauta kuluta e sobre sua expertise em construir as ocas xinguanas.
Gravado na aldeia Topepeweké do povo Waujá no Xingu (MT), esse vídeo apresenta cantos do ritual da mandioca de nome Kukuho. O ritual coordenado pelo cantor e pesquisador Akarí Waujá foi filmado pelo premiado cineasta Takumã Kuikuro.
Kuikuro visita a aldeia Waujá de Akari e filma os cantores desse importante povo do Alto Xingu. Akari é um músico, contador de histórias e líder da comunidade Waujá do Xingu, situada no extremo sul da bacia amazônica, em Mato Grosso. Falante da língua maipure da família Arawak, Akari busca preservar e compartilhar a música tradicional do seu povo, participando de atividades de ensino em aldeias onde o conhecimento musical está quase extinto. Akari está ensinando e documentando as canções que fazem parte dos rituais e práticas da cultura Waujá e colabora em projetos de conservação cultural indígena.
A Orquestra Multiétnica foi uma experiência realizada em 2019, na Aldeia Multiétnica, espaço que abriga desde 2007 um dos mais importantes encontros de povos indígenas do Brasil.
Essa orquestra reuniu mais de uma centena de indígenas dos povos Karajá, Krahó, Guarani, Fulni-ô, Kayapó, Kariri-Xocó, Yawalapiti, Waujá, Kamayurá e Maxakali. O resultado foi um diálogo artístico potente e transformador que tem como eixo o conceito de ORE MBORAI – nosso canto/reza, unidos em uma voz.
Ali se formou um espaço de encontro, reflexão e fortalecimento, que mobilizou os indígenas e seus saberes, possibilitando ações integradas de criação, registro e formação. A direção desse encontro único ficou a cargo da musicista e pesquisadora Renata Amaral, do grupo A Barca. Todas as vozes foram ouvidas e ressoaram coletivamente poeticamente.