Episódio 1 - Ale Santos

Ale Santos - Escritor e mídia ativista, autor dos livros Rastros da resistência (2019) e O último ancestral (2021). É colaborador da revista Muito Interessante e do The Intercept Brasil. Recebeu o prêmio Sim à Igualdade Racial 2020.

Episódio 2 - Maria de Lourdes Siqueira

Maria de Lourdes Moreira Siqueira - antropóloga, pedagoga e professora universitária aposentada. Tem doutorado pela École des Hautes Études en Sciences Sociales (Paris) e pós-doutorado pela SOAS da Universidade de Londres e pela Universidade de Pretória. Publicou, "À flor da pele: história dos mundos por onde andei" (2018); "N’Assysim: saberes africanos no Brasil" (2010) e "Siyavuma: uma visão africana do mundo" (2006).

Episódio 3 - Thiago Elniño

"Negritude Atitude - @thiagoelnino é rapper, pedagogo e educador popular. Circula em escolas com a palestra/espetáculo ""O Menino Que Roubava Gibis"", que promove a leitura. No projeto ""Disco-Escola Correnteza"", disponibiliza videoaulas sobre o processo de construção de um disco e a autogestão de carreira. Seu trabalho musical está nos discos ""A Rotina do Pombo"" (2017), ""Pedras, Flechas, Lanças, Espadas e Espelhos"" (2019) e ""Correnteza"" (2021); nos EPs ""Cavalos de Briga"" (2012) e ""Filhos de Um Deus que Dança"" (2016) e na mixtape ""Fundamento"" (2013).

Episódio 4 - Walter Firmo

Walter Firmo é um dos maiores fotógrafos do Brasil, premiado diversas vezes dentro e fora do país. Teve seu trabalho exibido em livros e exposições em mais de 60 anos de carreira, iniciada no fotojornalismo. Um dos grandes veios de sua poética visual é a Negritude, que o levou a retratar figuras anônimas, criadores, brincantes da cultura popular, grandes nomes da música brasileira, e foi o tema da exposição “O Brasil que Merece o Brasil”, que estreou no CCVM em 2018. Hoje, seu trabalho está sendo exibido em São Paulo na exposição “Firmo: no verbo do silêncio a síntese do grito”.

Episódio 5 - Erick Jay

O DJ Erick Jay atua no Hip Hop, no Original Funk & Soul, na MPB, no Samba, na Black Music e onde mais seu talento o levar. É um dos maiores DJs do mundo. Tem 4 títulos mundiais em sua trajetória, o último conquistado em 2021. Na América Latina, foi o primeiro DJ a conquistar um título internacional e foi considerado o melhor por 3 anos consecutivos (2006 a 2008). Venceu 14 campeonatos nacionais. Nascido na Zona Leste de São Paulo, foi parceiro de shows de Dexter, Xis, MV Bill. Atualmente toca com os rappers Black Alien e Kamau e apresenta o Gringos Podcast.

Episódio 6 - Billy Castilho

Billy Castilho é diretor de arte, tem uma sólida carreira de mais de 30 anos atuando na publicidade e no audiovisual. Seu interesse pela arte urbana o levou à criação da Tag Gallery em São Paulo. Assinou a direção de arte de filmes publicitários e ensaio fotográficos de muitas marcas nacionais e internacionais. Além da publicidade, tem um trabalho forte no cinema e nos videoclipes. Entre seus trabalhos recentes está a direção de arte de Will I See You, da cantora Anitta e a direção de arte de longas e séries para Disney e Paramount.

Episódio 7 - Carlos Benedito

Carlos Benedito Rodrigues da Silva é paulista de Campinas, antropólogo, professor titular de Sociologia e Antropologia da UFMA e o idealizador da Licenciatura em Estudos Africanos e Afrobrasileiros, pioneira no Brasil. Mestre pela UNICAMP e doutor pela PUC-SP, coordena o Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da UFMA. Sua atuação é voltada à diversidade cultural, às relações étnico-raciais e à ação afirmativa. Publicou os livros Da Terra das Primaveras à Ilha do Amor: Reggae, lazer e identidade cultural (1995), Ritmos da Identidade: mestiçagens e sincretismos na cultura do Maranhão (2007), Política de Igualdade Racial: desafios e práticas no ambiente escolar (coordenador, 2019) e o Dossiê Culturas Tradicionais (organizador, ABPN), além de inúmeros artigos. É cantor e compositor do Bloco Afro Akomabu do Centro de Cultura Negra do Maranhão.

Episódio 8 - Rincon Sapiência

O rapper, produtor e empresário Rincon Sapiência é um dos artistas de destaque da música brasileira. Seu álbum de estreia “Galanga Livre” conquistou dois troféus no Prêmio Multishow, que também lhe rendeu o título de Revelação do Ano, além da escolha como Artista do Ano pela APCA. Criou o seu próprio selo independente, o MGoma, que lançou em novembro de 2019 o seu segundo álbum de carreira, intitulado “Mundo Manicongo: Dramas, Danças e Afroreps”, inteiramente produzido e dirigido por ele.

Episódio 9 - Conceição Evaristo

Conceição Evaristo, escritora consagrada, é mineira de Belo Horizonte. Foi, por mais de trinta anos, professora da rede municipal de Niterói e do Rio de Janeiro, onde iniciou sua vida acadêmica, fez mestrado em Literatura Brasileira (PUC) e doutorado em Literatura Comparada na Universidade Federal Fluminense, onde também lecionou até 2011. A escritora tem uma trajetória de militância no movimento negro. Sua obra teve a poesia como porta de entrada em 1990, publicando nos Cadernos Negros, organizados pelo coletivo Quilombhoje. Além da poesia, escreveu romances, contos e ensaios. Dentre seus livros estão os romances Ponciá Vicêncio (2003) e Becos da Memória (2006); os Poemas da Recordação e Outros Movimentos (2008); e os contos Insubmissas Lágrimas de Mulheres (2011), Olhos D´Água (2014), Histórias de Leves Enganos e Parecenças (2016) e Canção para Ninar Menino Grande (2018). Seu trabalho vem sendo estudado dentro e fora do país. Tem livros traduzidos e publicados na França e nos Estados Unidos, leciona e realiza palestras em universidades e eventos literários ao redor do mundo. Este mês assumiu a titularidade da cátedra de Arte, Cultura e Ciência na Universidade de São Paulo (Instituto de Estudos Avançados).

Episódio 10 - Carlos de Assumpção

O poeta Carlos de Assumpção, nascido em Tietê (SP, 1927), é um ícone do Movimento Negro. Há décadas sua poesia é presença mobilizadora, uma referência. Formado em Direito e em Letras, exerceu o ofício de professor por muitos anos. Vem de uma família de militantes, seu avô pertenceu à Frente Negra e seus pais integraram organizações de luta e apoio. Seu primeiro livro foi publicado somente em 1982, depois vieram três quatro. Em 2020, sua obra foi reunida no volume Não Pararei de Gritar (Cia das Letras), chegando às novas gerações e renovando seu alcance. Este ano (2022) o poeta tornou-se doutor honoris causa pela UFRJ. Aos 95 anos, continua ativo na luta, participando de saraus de música e poesia.