Mostra Cinema Africano - filmes de 8 países, entre produções clássicas e contemporâneas, de 02/05 a 01/06

02 maio a 01 junho 2019

A MOSTRA CINEMA AFRICANO reúne 16 filmes de 8 países da África Ocidental: Senegal, Níger, Burkina Faso, Costa do Marfim, Congo, Benin, Camarões e Ruanda.

A programação é uma parceria com o Instituto Francês, que vem disponibilizando ao CCVM a exibição de filmes de sua Cinemateca. Para esta Mostra foram selecionadas, tanto produções clássicas, como África sobre o Sena (1957), considerado o marco fundador do cinema africano, quanto filmes recentes, mesclando curtas e longas, documentários e dramas ficcionais, além de dois longas de animação, voltados ao público infantil.

Diversos filmes da Mostra participaram de importantes festivais como o de Cannes e o Tribeca Film Festival. A maioria deles é inédita no Brasil, uma oportunidade especial para os maranhenses conhecerem a produção africana. Todos os filmes são legendados em português.

A diretora e curadora do Centro Cultural Vale Maranhão, Paula Porta, destaca que “estimular o contato do público maranhense com a produção cultural africana é uma das linhas de pro-gramação que consideramos bastante importante; já passamos pela arte, pela contação de histórias e agora trazemos o cinema. São oportunidades bem especiais de conhecer um pouco mais da pujante produção do continente com o qual temos profunda ligação”.

A Mostra iniciou no último dia 02 e segue até 01 de junho. A entrada é gratuita.

MOSTRA CINEMA AFRICANO

Longas de Animação infantojuvenis
02 a 04/ 07 a 11/ 14 a 18 de maio
15h

Aya de Youpogon (2012) de Marguerite Abouet e Clément Oubrerie
Duração: 1h24 min. – Costa do Marfim/ França
Sinopse: O filme conta a história de Aya, menina de 19 anos que vive na cidade de Yopougon e divide seu tempo entre os estudos, a família e seus dois melhores amigos, que não querem na-da passear pela savana ao anoitecer.

21/05 a 01/06
15h

Minga e a Colher Quebrada (2017) de Claye Edou
Duração: 1h2min. – Camarões
Sinopse: Minga é uma jovem órfã, que vive com sua madrasta. Após quebrar uma pequena colher, é posta para fora de casa. Começa, então, uma verdadeira aventura pontuada de melodias, amizades, dúvidas e muitas surpresas para a pequena heroína.

Dia 03/05 – Documentários
19h

África sobre o Sena (1957), de Paulin Soumanou Vieyra, Mamadou Saar (documentário)
Duração: 21 min – Senegal/ França
Sinopse: Sem conseguir autorização no Senegal, o cineasta Paulin Soumanou Vieyra decide fil-mar seu primeiro curta metragem em Paris. O filme trata da vida dos estudantes africanos na cidade, seus encontros e a nostalgia da terra natal. A África está na África, às margens do rio Sena ou no Quartier Latin? É a pergunta agridoce de uma geração de artistas e estudantes em busca de sua civilização, sua cultura e seu futuro. O filme, considerado primeiro dirigido por cineastas africanos, foi realizado com o patrocínio do Museu do Homem.

Aoure(1962) de Moustapha Alassane (documentário)
Duração: 30 min – Nigéria
Sinopse: Reconstituindo um casamento tradicional na Nigéria, o filme traça uma crônica sobre a vida quotidiana de um casal djerma, em um vilarejo às margens do rio Niger.

Atlânticos (2009) de Mati Diop
Duração: 16 min – França/ Senegal
Sinopse: Ao cair da noite, em volta do fogo, em Dakar, uma jovem conta a odisséia de seu amor que desaparece no mar. O filme concorreu à Palma de Ouro no Festival de Cannes, foi a primeira vez que uma mulher negra foi selecionada para a mostra competitiva.

Dia 04/05 – Longa Ficção
18h30

O Barco da Esperança (La Pirogue) (2012), de Moussa Touré
Duração: 1h27 min Drama/Ficção – Senegal
Sinopse: De um vilarejo de pescadores na periferia de Dakar, partem diversas pirogas rumo à Europa. Baye Laye, capitão de um dos barcos, não quer partir, mas ele não tem escolha, deverá conduzir 30 passageiros até a Espanha, alguns nunca viram o mar e ninguém sabe o que os espera.

Dia 10/05 – Documentário
15h e 19h

A Sirene de Faso Fani (2015) de Michel K. Zongo
Duração: 1h30 min – Burkina Faso
Sinopse: Em Kodougou, a fábrica Faso Fani – o pano do país, foi por muito tempo o orgulho nacional pela qualidade e reputação global de seus tecidos. Em 2001, ela é fechada, devido a planos de reestruturação impostos pelo FMI e pelo Banco Mundial. Passados mais de 10 anos, o diretor vai ao encontro de seus ex-empregados, que passaram a tecer em seus quintais. O filme é uma homenagem à resistência africana frente a globalização.

Dia 11/05 – Longa Ficção
19h

RUN (2013) de Phillipe Lacôte
Duração: 1h42 min – Drama – Costa do Marfim
Sinopse: Run foge…Ele acaba de matar o primeiro ministro de seu país. Para tanto, precisou se fantasiar de louco, errando pela cidade. Ele revê sua vida em flashes de memória; sua infância com o mestre Tourou, quando ele sonhava ser ancião das chuvas, suas aventuras com Gladys, a comilona e seu passado de militar como jovem patriota. Concorreu ao Oscar de melhor filme estrangeiro em 2016.

Dia 17/05 – Longa Documentário
15h e 19h

Sobre os Caminhos da Rumba (2014) de David Pierre-Fila
Duração: 1h38 min – Documentário – Congo
Sinopse: O filme nos leva pelas costas africanas e cubanas. Mostra a familiaridade das essên-cias locais desse ritmo com ritmos provenientes da Bacia do Congo, revelando um dos aspectos da diáspora das culturas africanas.

Dia 18/05 – Longas Ficção
19h

Wallay (2016) de Berni Goldblat
Duração: 1h26 min – Drama – Burkina Faso/ França
Sinopse: Ady, aos 13 anos, é enviado pelo pai a um tio, durante o verão. O menino acostumado à sua vida francesa, encara a viagem como férias. No entanto, ele deverá dobrar-se aos cos-tumes locais e aprender a amadurecer. Um filme sobre a iniciação à vida adulta.

Dia 24/05 – Documentários
19h

Ano 27 (2015) de Wabinlé Nabié
Duração: 27 min – Documentário – Burkina Faso
Sinopse: É o 27° aniversário do assassinato de Thomas Sankara. Em Ouagadougou, em meio ao lixo, crianças buscam sacos plásticos, recolhidos em troca de um miserável salário. Ao término da jornada de trabalho, podem reencontrar a infância, rindo e brincando por algumas horas antes que o próximo dia se anuncie.

A Árvore Sem Frutos (2016) de Aïcha El Hadj Macky
Duração: 52 min – Documentário – Níger/ França
Sinopse: Casada e sem filhos, Aïcha encontra-se em uma situação atípica e difícil em seu país, o Níger. A partir de sua história pessoal, a cineasta quebra tabus e explora com delicadeza o sofrimento escondido das mulheres.

Dia 25/05 – Longas ficção
19h

A Pequena Vendedora de Sol (1998) de Djibril Diop Manbéty
Duração: 45 min – Drama – Senegal
Sinopse: Nas ruas de Dakar, uma menina faz o trabalho reservado aos meninos: a venda de jornal. O filme retrata o confronto entre a infância e a realidade, e a vontade alegre de não se deixar abater. Manbéty é uma dos mais destacados cineastas africanos.

Pim Pim Tché (2010) de Jean Odoutan
Duração: 1h24 min – Comédia – Benin
Sinopse: A jovem Chimène, aos 17 anos, usa sua sedução para realizar o sonho de entrar na universidade e voar com suas próprias asas.

Dia 31/05 – Longa documentário
19h

Mamãe Coronel (2016) de Dieudo Hamadi
Duração: 1h12min – Documentário – Congo
Sinopse: Retrato da Coronel Honorine Munyole, há doze anos chefe da brigada de combate à violência contra a mulher e a criança na Polícia Nacional Congolesa. Ganhador do grande prêmio do Festival Cinema du Reel (Paris).

Dia 01/06 – Longa drama
18h30

Matéria Cinzenta (2017) de Kivu Ruhorahoza
Duração: 1h50 min – Drama – Ruanda
Sinopse: Balthazar é um jovem cineasta ruandês trabalhando em seu primeiro filme, uma ficção sobre uma jovem mulher abusada por seu irmão. Em meio às gravações, o jovem conhece um prisioneiro de hospital psiquiátrico que irá mudar o curso das coisas. O filme trata do trauma e da loucura após o genocídio de 1994 e foi premiado em diversos festivais, entre eles Tribecca (Nova York), Rotterdam e Melbourne.