Indígenas.BR - Festival de Músicas Indígenas 2024

07 a 10 agosto 2024

A 6ª edição do Indígenas.BR será realizada de 7 a 10 de agosto e tem curadoria de Djuena Tikuna e Magda Pucci.

O nosso festival marca as celebrações do CCVM ao Agosto Indígena, valorizando a diversidade musical dos povos originários com oficinas, shows, debates e documentários.

Confira a programação:

7 de Agosto

20h: Show de Abertura com Djuena Tikuna e convidados no Teatro Arthur de Azevedo

Para a abertura da sexta edição do Indígenas.BR – Festival de Músicas Indígenas, teremos o show Torü Wiyaegü, com Djuena Tikuna & Convidados.
O evento acontecerá no Teatro Arthur Azevedo, a partir das 20h e contará com as participações especiais de Paola Gibram (SP), Anton Carballo (RJ), Pedro Ferrer (MA), Flávia Bittencourt & Emanuelle Paz (MA), Aila (PA), Wirapintang Ka’apor (MA), Wotchimaücü (AM), Pajé Maria Roxa – Akroá Gamella (MA) e Oscar Cohtap – Akroá Gamella (MA).

8 de Agosto

16h: Conversa Aberta Diálogos Ancestrais

Durante o dia, o nosso Festival de Músicas Indígenas é uma ótima oportunidade para compartilhamento de saberes e experiências entre os participantes do evento. Na Conversa Aberta “Diálogos Ancestrais”, com a mediação de Paola Gibram, ouviremos Gilda Kuitá (Kaingang/PR), Valdemar Ka´apor (MA), Maria Roxa (Akroá-Gamella/MA) e Domingos Pacu Tikuna (AM).

19h: “Ivy Ti’ira” – “Terra, Luz”, projeção mapeada com Roberta Carvalho e Eric Terena

Criação de Roberta Carvalho com trilha do DJ Eric Terena, “Ivy Ti’ira” – “Terra, Luz” consiste na projeção mapeada com imagens e sons dos povos do Maranhão.

19h20: Exibição do documentário Ka’apor – Guardiões dos Cantos e da Floresta

Pássaros e cantos não se calam na Amazônia maranhense, território dos guardiões da floresta, moradores da mata, os Ka’apor. As cantorias ecoam pela terra indígena Alto Turiaçu e, durante os rituais de nominação, regados a muito cauim, também é possível ouvir os raros apitos de canela do gavião real e o repenicado dos tambores de cedro escavado, coberto com couro de guariba.

20h: Apresentação Ka’apor (MA)

Os Ka’apor que participam desta edição do Festival de Músicas Indígenas vem das aldeias Turizinho e Xie Pihu Erena, localizadas na Terra Indígena Alto Turiaçu, na Amazônia Maranhense. Guardiões da Floresta, vivem em vigilância pelo seu território contra a ação de invasores e, através das cantorias, mantêm um rico legado cultural para as novas gerações.

20h30: Apresentação Wotchimaücü (AM)

O grupo Wotchimaücü surgiu em 2000 e já tem um projeto musical sólido com um álbum gravado, o “Cânticos Indigenas do Povo Tikuna”. Suas vestes brancas, que simbolizam a paz entre os povos, e os pés descalços, em contato com a natureza e com a terra, são algumas de suas características marcantes. É assim que o grupo leva as raízes de sua cultura por onde passa.

9 de Agosto

Dia Internacional dos Povos Indígenas

10h: Oficina Arco de Boca Kaingang Nẽn Ga

O arco de boca Kaingang é longo e com uma curvatura suave, quase reto. Saberes relativos a esse raro instrumento serão compartilhados com pessoas de gerações mais novas, interessadas em fortalecer os saberes ancestrais do povo Kaingang. Gomercindo Salvador Kanhgág é morador da terra indigena Nonoai (RS), artesão, músico e disseminador dos saberes ancestrais de sua etnia.

14h: Encontro Intergeracional Kaingang Nẽn Ga

Este encontro entre Gomercindo Salvador, da Terra Indígena Nonoai (RS), e jovens Nẽn Ga promoverá uma troca de saberes entre diferentes gerações, repassando ensinamentos e fortalecendo relações. Gomercindo é o único ancião que ainda toca o Arco de Boca Kaingang, o que torna essa troca de experiências ainda mais necessária e urgente.

19h: Exibição documentário Piraí – Os Cantos da Encantaria Akroá Gamella

Os Akroá Gamella resistem na baixada maranhense em um processo de retomada coletiva pelo seu território e pela sua identidade enquanto povo indígena. Assim, seguem na cantoria da resistência, com a força dos encantados e na proteção de João Piraí, o pai desse lugar de encantaria.

19h30: Apresentação Kaingang Nẽn Ga (PR)

A existência do Nẽn Ga é também centrada na prática de cantos e danças, apresentando um repertório pautado em cantos tradicionais do povo Kaingang e em cantos elaborados por integrantes desse coletivo. A apresentação no Festival de Músicas Indígenas 2024 terá a participação especial de Gumercindo Salvador tocando o seu arco de boca.

20h: Apresentação Pykopjê Gavião

Os “Gavião Pukobjê” fazem parte da grande família Timbira no Maranhão. O grupo que se apresenta no Indígenas.BR 2024 é formado por representantes de várias aldeias da Terra Indígena Governador e trazem a cantoria das suas festas tradicionais,“Amji kin”, termo usado para se referir a “alegria”.

10 de Agosto

14h: Conversa Aberta Estilistas Originários

Para o último dia de Indígenas.BR – Festival de Músicas Indígenas 2024, separamos uma programação voltada para a moda. Com mediação de Djuena Tikuna, a Conversa Aberta Estilistas Originários contará com a participação de We’e’ena Tikuna, Patrícia Kamayurá e Sioduhi. Na ocasião os estilistas compartilharão detalhes da experiência e os desafios de cada um como criadores de suas marcas.

16h30: Memória Xikrin: lembrar o passado para pensar e (re)desenhar o futuro

O Projeto Memória Xikrin, fruto de uma parceria entre o Instituto Indígena Botiê Xikrin e a Vale, resultou na construção da Plataforma Online Acervo Xikrín e quatro dicionários ilustrados Xikrín-Português, com o propósito de servir de material didático e estímulo para pesquisa de alunos e professores nas escolas da Terra Indígena Xikrín do Cateté.

18h30: Desfile Moda Indígena

Nesta edição do Indígenas.BR teremos um Desfile de Moda Indígena com criações de We’e’e’na Tikuna, Patrícia Kamayurá e Sioduhi às 18h30 do sábado. Os estilistas trazem para suas peças uma profunda conexão com suas raízes culturais, utilizando técnicas artesanais e materiais naturais que refletem a relação íntima com a terra e a natureza. Cada criação celebra a identidade e a resistência de seus povos.
Ao integrar elementos tradicionais com um olhar contemporâneo, a moda indígena não só preserva e promove a herança cultural, mas também abre novos diálogos e possibilidades no universo fashion, demonstrando que sustentabilidade, diversidade e inovação podem caminhar juntas.

19h: Abertura Exposição Nhe’ẽ Porã: Memória e Transformação – Museu da Língua Portuguesa

A exposição itinerante chega a São Luís (MA) para temporada aqui no CCVM. Com foco nas línguas indígenas do Brasil, a mostra é realizada pelo Museu da Língua Portuguesa com correalização do CCVM, articulação e patrocínio master do Instituto Cultural Vale, cooperação da Unesco, no contexto da Década Internacional das Línguas Indígenas (2022-2032) e parceria Instituto Socioambiental, Museu de Arqueologia e Etnologia da USP e Museu Nacional dos Povos Indígenas da Funai. São parceiros locais o Centro de Pesquisa e História Natural e Arqueologia do Maranhão e o Museu Casa de Nhozinho.
A curadoria é da artista indígena e mestre em Direitos Humanos Daiara Tukano, e a cocuradoria é da antropóloga Majoí Gongora.

20h30: Apresentação DJ Eric Terena

No encerramento do Indígenas.BR – Festival de Músicas Indígenas 2024 contaremos com a presença e o set do DJ Eric Terena, que está prestes a lançar o álbum inédito “The future is ancestral”, uma colaboração com artistas indígenas brasileiros.

Curadoria

Magda Pucci
Djuena Tikuna