Ministério da Cultura e Vale apresentam Cartografias Urbanas do Maranhão, uma linha do tempo demonstrada em mapas do Maranhão em diferentes temporalidades, do século XV ao XX.
Desde o conhecimento do novo território por meio de rios e mares, aldeias indígenas e bancos de areia, passando pelo traçado da vila idealizada por portugueses e finalizando com o processo de expansão urbana da cidade. A curadoria é de Grete Pflueger e Rosilan Garrido.
Os primeiros mapas foram feitos pelos Gregos e pelos árabes, eram ferramentas importantes nas expedições exploradoras de descoberta de novos continentes pelo mundo. Durante muito tempo foram objeto de conhecimento, de poder e disputas no ciclo das grandes navegações do século XV. Os mais antigos do Brasil correspondem ao período da chegada das expedições europeias e eram usados como ferramenta para o conhecimento e disputas de territórios ancestrais das tribos indígenas pelos franceses, portugueses e holandeses.
O recorte definido nesta exposição demonstra a cartografia elaborada em diferentes temporalidades entre os séculos XV-XX, primeiro tempo de conhecimento do território, dos rios, das aldeias indígenas, dos mares e bancos de areias característicos do litoral do Maranhão, seguido pelo tempo dos mapas urbanos com traçado da vila idealizada pelos portugueses com definição do planejamento de ruas e quadras e locação das igrejas e conventos e fortalezas e por fim o tempo dos mapas do final da colônia e início da república do século XX, com o processo de expansão urbana da cidade.
Entre os inúmeros exemplares existentes na cartografia do Maranhão destacamos o mapa holandês de 1641-44 do livro de Gaspar von Barleus e a gravura italiana de Andrea Orazi, de 1648, ambos os originais se encontram na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. O mapa de Gaspar Barleus representa os primeiros registros do nosso território, o que inclui o traçado urbano deixado pelo engenheiro-mor português, Francisco Frias de Mesquita. Nele vemos uma cidadela intramuros, com as primeiras edificações oficiais: igrejas, o forte e casa de comando do território -no mesmo lugar onde hoje está o Palácio dos Leões-, o porto e alguns limites geográficos. A gravura de Andrea Orazi, é uma representação da ocupação holandesa, com navios ancorados desde a ponta d’areia à praia grande. Nela vê-se a cidade em seus princípios, com igreja e casinhas no alto do promontório, atual Praça Pedro II.
Outros mapas presentes nessa exposição registram a expansão da cidade em anos subsequentes como o de 1950 que mostra uma cidade de 150 mil habitantes, ainda circunscrita ao centro, mas com a inclusão de novas avenidas como a Magalhães de Almeida, e Getúlio Vargas e também das pontes Caratatiua, São Francisco, Bandeira Tribuzi e Bacanga.
Em tempos de Google Earth que ampliou a visualização e as noções do mundo a partir de um click de celular, ter acesso a cartografia do Maranhão nesta exposição, constitui um deleite para os olhos e o entendimento das dificuldades enfrentadas pelos viajantes em épocas remotas, além de agregar informações extremamente úteis para estudiosos e comunidade em geral. Destacam-se alguns belos exemplares realizados a partir de percursos que configuram um registro poético, da realidade vista e idealizada, sem o rigor dos dados matemáticos e dos planos cartesianos.
Grete Pflueger e Rosilan Garrido
Mapas Geográficos
Mapas do Apogeu Urbano
Processos de expansão urbana
Estudos da Formação Urbana
1648 – Fundação da vila religiosa portuguesa de Santo Antônio de Alcântara
1755 – Alcântara sede da aristocracia rural agro-exportadora de algodão da Companhia Grão-Pára do Maranhão, construída pelos povos africanos escravizados
1890 – 1950 – Decadência
1948 – 1950 – Era Vargas – Vitorinismo
1948 – Presídio Estadual em Alcântara – Exclusão
1950 – Tombamento de Alcântara pelo IPHAN
1965 – Era Sarney
1970 – Plano de preservação dos arquitetos Pedro e Dora Alcântara – IPHAN/RJ e Missão Unesco
1980 – Implantação do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA)
2000 – Favelização – Processo de desapropriação das terras quilombolas e favelização das encostas e mangue
2003 – Explosão da plataforma de Lançamentos de Foguetes – Ruínas do Futuro
2011 – Quilombolas X Cyclone Space
2023 – Expansão do Centro de Lançamentos e Desafios de preservação do patrimônio histórico e cultural da cidade
1612 – “Fundação” francesa de São Luís
1615-1618 – Urbanização portuguesa de São Luís
1641-1644 – Invasão holandesa
1755 – Companhia Grão-Pará-Maranhão exportadora de algodão – Conjunto arquitetônico luso-brasileiro construído com força do trabalho dos povos africanos
1890 – Abolição da escravatura e mudanças no mercado de algodão.
1900 – Tentativa de industrialização – Fábricas de Tecido
1936 – Plano de embelezamento de Otacílio Saboya Ribeiro
1940 – Era Vargas – Esperança no Babaçu e renovação urbana do centro – São Luís – 120 mil habitantes
1958 – Plano de expansão de Ruy Mesquita
1974 – Tombamento IPHAN
1977 – Plano de expansão de Haroldo Tavares e Wit Olaf Prochnik
1997 – Inscrição do Centro Histórico pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade – São Luís – 1.200.00 habitantes
2023 – Desafios da expansão urbana e de preservação do patrimônio material e imaterial
Curadoria
Grete Pflueger
Rosilan Garrido
Pesquisa de Mapas
Larissa Machado
Coordenação Artística
Deyla Rabelo
Gabriel Gutierrez
Expografia
Gabriel Gutierrez
Raimundo Tavares
Iluminação
Calu Zabel
Comunicação Visual
Fábio Prata, Flávia Nalon (PS.2)
Produção
Nat Maciel
Pablo Adriano
Samara Regina
Montagem
Diones Caldas
Fábio Nunes Pereira
Rafael Vasconcelos
Renan José
Impressões
Daniel Renault (Giclé Fine Art Print)
CENOTECNIA
Pintura
Gilvan Brito
Marcenaria
Dyoene Frazão Ribeiro
Edson Diniz Moraes
Nerilton Fontoura Barbosa
Presidente
Eduardo Bartolomeo
Vice-Presidente Executiva de Sustentabilidade
Maria Luiza de Oliveira Pinto e Paiva
Conselho Estratégico
Maria Luiza de Oliveira Pinto e Paiva (presidente)
Flávia Constant (vice-presidente)
Hugo Barreto
Octávio Bulcão
Diretoria Executiva
Hugo Barreto (Diretor Presidente)
Luciana Gondim (Diretora)
Gisela Rosa (Diretora)
Patrocínios e Projetos
Marize Mattos (Coordenadora)
Direção
Gabriel Gutierrez
Assistência de Direção
Deyla Rabelo
Coordenação do Programa Educativo
Ubiratã Trindade
Educadores
Alcenilton Reis Junior
Amanda Everton
Maeleide Moraes Lopes
Estagiários do Programa Educativo
Carlos Carvalho
Iago Aires
Jayde Reis
Lyssia Santos
Coordenação de Comunicação
Edízio Moura
Design
Ana Waléria
Coordenação de Produção
Nat Maciel
Produtores
Pablo Adriano Silva Santos
Samara Regina
Coordenação Financeira
Ana Beatris Silva (Em Conta)
Financeiro
Tayane Inojosa
Administrativo
Ana Célia Freitas Santos
Recepção
Adiel Lopes
Jaqueline Ponçadilha
Zeladoria
Fábio Rabelo
Kaciane Costa Marques
Luzineth Nascimento Rodrigues
Manutenção
Yves Motta (supervisão geral)
Gilvan Britto
Jozenilson Leal
Segurança
Charles Rodrigues
Izaías Souza Silva
Raimundo Bastos
Raimundo Vilaça