Cartografias Urbanas do Maranhão

14 junho a 14 julho 2023

Ministério da Cultura e Vale apresentam Cartografias Urbanas do Maranhão, uma linha do tempo demonstrada em mapas do Maranhão em diferentes temporalidades, do século XV ao XX.

Desde o conhecimento do novo território por meio de rios e mares, aldeias indígenas e bancos de areia, passando pelo traçado da vila idealizada por portugueses e finalizando com o processo de expansão urbana da cidade. A curadoria é de Grete Pflueger e Rosilan Garrido.

Os primeiros mapas foram feitos pelos Gregos e pelos árabes, eram ferramentas importantes nas expedições exploradoras de descoberta de novos continentes pelo mundo. Durante muito tempo foram objeto de conhecimento, de poder e disputas no ciclo das grandes navegações do século XV. Os mais antigos do Brasil correspondem ao período da chegada das expedições europeias e eram usados como ferramenta para o conhecimento e disputas de territórios ancestrais das tribos indígenas pelos franceses, portugueses e holandeses.

O recorte definido nesta exposição demonstra a cartografia elaborada em diferentes temporalidades entre os séculos XV-XX,  primeiro tempo de conhecimento do território, dos rios, das aldeias indígenas, dos mares e bancos de areias característicos do litoral do Maranhão, seguido pelo tempo dos   mapas urbanos com traçado da vila idealizada pelos portugueses com definição do planejamento de ruas e quadras e locação das igrejas e conventos e fortalezas e por fim o tempo dos mapas do final da colônia e início da república do século XX, com o processo de expansão urbana da cidade.

Entre os inúmeros exemplares existentes na cartografia do Maranhão destacamos o mapa holandês de 1641-44 do livro de Gaspar von Barleus e a gravura italiana de Andrea Orazi, de 1648, ambos os originais se encontram na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. O mapa de Gaspar Barleus representa os primeiros registros do nosso território, o que inclui o traçado urbano deixado pelo engenheiro-mor português, Francisco Frias de Mesquita. Nele vemos uma cidadela intramuros, com as primeiras edificações oficiais:  igrejas, o forte e casa de comando do território -no mesmo lugar onde hoje está o Palácio dos Leões-, o porto e alguns limites geográficos. A gravura de Andrea Orazi, é uma representação da ocupação holandesa, com navios ancorados desde a ponta d’areia à praia grande. Nela vê-se a cidade em seus princípios, com igreja e casinhas no alto do promontório, atual Praça Pedro II.

Outros mapas presentes nessa exposição registram a expansão da cidade em anos subsequentes como o de 1950 que mostra uma cidade de 150 mil habitantes, ainda circunscrita ao centro, mas com a inclusão de novas avenidas como a Magalhães de Almeida, e Getúlio Vargas e também das pontes Caratatiua, São Francisco, Bandeira Tribuzi e Bacanga.

Em tempos de Google Earth que ampliou a visualização e as noções do mundo a partir de um click de celular, ter acesso a cartografia do Maranhão nesta exposição, constitui um deleite para os olhos e o entendimento das dificuldades enfrentadas pelos viajantes em épocas remotas, além de agregar informações extremamente úteis para estudiosos e comunidade em geral. Destacam-se alguns belos exemplares realizados a partir de percursos que configuram um registro poético, da realidade vista e idealizada, sem o rigor dos dados matemáticos e dos planos cartesianos.

 

Grete Pflueger e Rosilan Garrido

São Luís

Século XVII

Mapas Geográficos

1629 | Pequeno atlas do Maranhão e Grão-Pará | Autor: João Teixeira Albernaz I Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro

1632 | Descrição dos Rios Pará e Maranhão | Autor: João Teixeira Albernaz I Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro

1631 | Mapa da Província do Maranhão | Autor: João Teixeira Albernaz (o velho) | Mapoteca do Itamaraty
1641 -1644 | URBS S LODOVICI IN MARAGNON | Autor: Jan van Brostehuisen
1666 | Demonstração do Maranhão até o Rio Preguiças - ATLAS DO BRASIL | Autor: João Teixeira Albernaz II | Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro

1698 | Gravura Cittá de San luigi , capitale del maragnone | Autor: Andrea Antonio Orazi | Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro

1698 | Planta della cittá de S.luigi, metropoli del maragnone | Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro

Século XVIII

Mapas do Apogeu Urbano

1789 | Detalhe de imagem sem título (S. Luís do Maranhão) | Autor: Não identificado | Arquivo Nacional Torre do Tombo, Lisboa

Século XIX

1800 | Carta geométrica da barra do Maranham cidade de São Luís do Maranhão | Autor: Não identificado | Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro
1844 | Carta geral da província do Maranhão | Autor: Franklin Antonio da Costa Ferreira | Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro

1858 | Planta da cidade de São Luiz do Maranhão | Autor: J. Veiga | Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro

Século XX

Processos de expansão urbana

1912 | Planta da cidade de S. Luiz capital do estado do Maranhão | Autor: Justo Jansen Ferreira | Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro
1950 | Planta da Parte Central da Cidade de S. Luis | Autor: Não identificado | Album do Maranhão - Miécio Jorge
1997 | Mapa dos estilos de arquitetura dos imóveis do centro histórico | Autor: Não identificado/UNESCO

Alcântara

Século XVIII

Estudos da Formação Urbana

1755 | Mapa Alcântara | Autor: Não identificado | Arquivo Nacional Torre do Tombo, Lisboa

1970 | Mapa da pesquisa da formação urbana | Autor: Pedro Alcântara

1970 | Mapa da pesquisa da formação urbana | Autor: Pedro Alcântara

Século XX

2000 | Tríade urbana religiosa (transferência de informação do mapa 1755 e da pesquisa sobre mapa base de 1970) | Autora: Grete Pflueger

Linha do Tempo do Desenvolvimento Urbano de Alcântara

Século XV – Aldeias Indígenas Tapuitapera e Cumã

Século XVII – Catequese e Posse

1648 – Fundação da vila religiosa portuguesa de Santo Antônio de Alcântara

Século XVIII – Apogeu Urbano e Econômico

1755 – Alcântara sede da aristocracia rural agro-exportadora de algodão da Companhia Grão-Pára do Maranhão, construída pelos povos africanos escravizados

Século XVIII ao XX – Decadência Econômica

1890 – 1950 – Decadência

1948 – 1950 – Era Vargas – Vitorinismo

1948 – Presídio Estadual em Alcântara – Exclusão

1950 – Tombamento de Alcântara pelo IPHAN

1965 – Era Sarney

1970 – Plano de preservação dos arquitetos Pedro e Dora Alcântara – IPHAN/RJ e Missão Unesco

1980 – Implantação do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA)

2000 – Favelização – Processo de desapropriação das terras quilombolas e favelização das encostas e mangue

Século XXI

2003 – Explosão da plataforma de Lançamentos de Foguetes  – Ruínas do Futuro

2011 – Quilombolas X Cyclone Space

2023 – Expansão do Centro de Lançamentos e Desafios de preservação do patrimônio histórico e cultural da cidade

Linha do Tempo do Desenvolvimento Urbano de São Luís

Século XVII

1612 – “Fundação” francesa de São Luís

1615-1618 – Urbanização portuguesa de São Luís

1641-1644 – Invasão holandesa

Século XVIII – Apogeu Urbano e Econômico

1755 – Companhia Grão-Pará-Maranhão exportadora de algodão – Conjunto arquitetônico luso-brasileiro construído com força do trabalho dos povos africanos

Século XIX – Decadência Econômica

1890 – Abolição da escravatura e mudanças no mercado de algodão.

1900 – Tentativa de industrialização – Fábricas de Tecido

Século XX

1936 – Plano de embelezamento de Otacílio Saboya Ribeiro

1940 – Era Vargas – Esperança no Babaçu e renovação urbana do centro – São Luís – 120 mil habitantes

1958 – Plano de expansão de Ruy Mesquita

1974 – Tombamento IPHAN

1977 – Plano de expansão de Haroldo Tavares  e Wit Olaf Prochnik

1997 – Inscrição do Centro Histórico pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade – São Luís – 1.200.00 habitantes

Século XXI

2023 – Desafios da expansão urbana e de preservação do patrimônio material e imaterial

CARTOGRAFIAS  URBANAS DO MARANHÃO

 

Curadoria

Grete  Pflueger

Rosilan Garrido

Pesquisa de Mapas

Larissa Machado

Coordenação Artística

Deyla Rabelo

Gabriel Gutierrez

Expografia

Gabriel Gutierrez

Raimundo Tavares

Iluminação

Calu Zabel

Comunicação Visual

Fábio Prata, Flávia Nalon (PS.2)

 

Produção

Nat Maciel

Pablo Adriano

Samara Regina

Montagem

Diones Caldas

Fábio Nunes Pereira

Rafael Vasconcelos

Renan José

Impressões

Daniel Renault (Giclé Fine Art Print)

 

CENOTECNIA

Pintura

Gilvan Brito

Marcenaria

Dyoene Frazão Ribeiro

Edson Diniz Moraes

Nerilton Fontoura Barbosa

Presidente

Eduardo Bartolomeo

 

Vice-Presidente Executiva de Sustentabilidade

Maria Luiza de Oliveira Pinto e Paiva

 Conselho Estratégico

Maria Luiza de Oliveira Pinto e Paiva (presidente)

Flávia Constant (vice-presidente)

Hugo Barreto

Octávio Bulcão

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Diretoria Executiva

Hugo Barreto (Diretor Presidente)

Luciana Gondim (Diretora)

Gisela Rosa (Diretora)

 

Patrocínios e Projetos

Marize Mattos (Coordenadora)

 

Direção
Gabriel Gutierrez
Assistência de Direção
Deyla Rabelo

Coordenação do Programa Educativo
Ubiratã Trindade

Educadores
Alcenilton Reis Junior

Amanda Everton

Maeleide Moraes Lopes

Estagiários do Programa Educativo
Carlos Carvalho

Iago Aires

Jayde Reis

Lyssia Santos

Coordenação de Comunicação
Edízio Moura

Design

Ana Waléria

Coordenação de Produção
Nat Maciel

Produtores
Pablo Adriano Silva Santos

Samara Regina

 

Coordenação Financeira
Ana Beatris Silva (Em Conta)

Financeiro
Tayane Inojosa

Administrativo
Ana Célia Freitas Santos

Recepção
Adiel Lopes

Jaqueline Ponçadilha

Zeladoria
Fábio Rabelo

Kaciane Costa Marques

Luzineth Nascimento Rodrigues

Manutenção
Yves Motta (supervisão geral)

Gilvan Britto

Jozenilson Leal

Segurança
Charles Rodrigues

Izaías Souza Silva

Raimundo Bastos

Raimundo Vilaça