CCVM recebe mostra itinerante e exposição A Cinemateca é brasileira

27 fevereiro a 08 março 2024

Desde o ano passado, a Cinemateca Brasileira vem percorrendo o país com a mostra itinerante A CINEMATECA É BRASILEIRA, com o objetivo de estreitar os laços com instituições afins e apresentar parte da rica produção audiovisual brasileira, levando uma seleção de títulos importantes para a história do cinema brasileiro e uma exposição. Em São Luís, oito títulos da mostra serão exibidos em sessões gratuitas no Centro Cultural Vale Maranhão, de 27 de fevereiro a 08 de março. Faz parte do evento em São Luís, uma exposição que conta a história da Cinemateca Brasileira e uma programação de
filmes agendada para alunos do ensino médio de escolas públicas.

A primeira temporada da mostra itinerante já passou por Curitiba, Belo Horizonte, Vitória, Vila Velha, Rio de Janeiro, Porto Alegre, João Pessoa, Recife, Fortaleza, Brasília, Brumadinho e Canaã dos Carajás, e ainda vai visitar espaços culturais e salas de Salvador (BA) e Belém (PA). “O Instituto Cultural Vale está ao lado da Cinemateca por entender a importância da casa da produção
audiovisual brasileira, uma das maiores instituições do gênero no mundo, que preserva, também, um retrato da nossa própria identidade. Por isso, atuamos, juntos, em iniciativas pela sustentabilidade e modernização do espaço e pela salvaguarda de seu acervo, em especial, a coleção de filmes em nitrato de celulose, de valor inestimável”, diz Hugo Barreto, diretor-presidente do Instituto Cultural Vale, que é patrocinador estratégico da Cinemateca Brasileira.

O evento faz parte do Projeto Viva Cinemateca, lançado em junho, que reúne os grandes projetos da Cinemateca voltados à recuperação de importantes acervos, além da modernização de sua sede e infraestrutura técnica. “Com o compromisso constante de transformar vidas, entendemos ser fundamental o fomento à cultura
como ponte para o desenvolvimento e a cidadania. O papel que a Cinemateca tem para a construção, fortalecimento e memória do audiovisual brasileiro é inestimável e poder contribuir para um projeto como esse é o nosso legado de parceria junto à sociedade brasileira”, comenta Glauco Paiva, gerente executivo de Comunicação e Responsabilidade Social da Shell Brasil, patrocinadora master do projeto Viva Cinemateca.

CURADORIA DE FILMES

Para a Mostra, a curadoria da Cinemateca Brasileira preparou uma seleção de oito filmes que perpassam diferentes momentos históricos, propostas estéticas e abordagens temáticas, demonstrando a riqueza do cinema brasileiro ao longo dos mais de 120 anos de história.

Dos primeiros tempos do cinema brasileiro, está São Paulo: a sinfonia da metrópole (Rodolfo Lustig e Adalberto Kemeny 1929), que sintetiza sua vocação para o documentário. O desejo de estabelecer uma indústria cinematográfica no Brasil, que culmina na fundação dos estúdios Atlântida e Vera Cruz, pode ser visto em Jeca Tatu (Milton Amaral, 1959), título no qual Amácio Mazzaropi desenvolveu a figura do caipira,
seu personagem mais conhecido.
A partir de uma narrativa clássica aprimorada desde as produções da Vera Cruz, O pagador de promessas (Anselmo Duarte, 1962), evoca o sincretismo religioso e a cultura popular. Produzido por Oswaldo Massaini, o filme conquistou a única Palma de Ouro no Festival de Cannes para o Brasil. Por sua vez, com suas
produções independentes, José Mojica Marins cria seu icônico personagem Zé do Caixão em À meia-noite levarei sua alma (1964). Com O Bandido da Luz Vermelha (1968), Rogério Sganzerla desafia a estética e a linguagem do movimento cinema novo e, na década seguinte, o diretor Bruno Barreto adapta um grande autor – Jorge Amado – e faz números de bilheteria impressionantes com Dona Flor e seus dois maridos (1979). Uma das obras mais importantes da chamada retomada do cinema brasileiro, nos anos 1990, é Central do Brasil (Walter Salles, 1998), que venceu o Urso de Ouro e o prêmio de melhor atriz para Fernanda Montenegro no Festival de Berlim de 1998. Vencedor de dezenas de prêmios nacionais e internacionais e
indicado ao Oscar em quatro categorias, Cidade de Deus (Fernando Meirelles e Katia Lund, 2002) é até hoje o filme brasileiro com maior número de indicações ao prêmio da Academia.

Programação

27/02 – 19h – São Paulo – A sinfonia da metrópole

28/02 – 19h – Dona Flor e seus dois Maridos

29/02 – 16h – O bandido da Luz Vermelha

01/03 – 19h – O pagador de Promessas

05/03 – 19h – Jeca Tatu

06/03 – 19h – A meia noite levarei sua alma

07/03 – 16h – Cidade de Deus

08/03 – 19h – Central do Brasil

Relacionados

Ver todos eventos