Indígenas.BR - Festival de Músicas Indígenas 2022 - Dia 25/08
O segundo dia de festival será marcado pela exibição dos dois documentários inéditos de Carlos Magalhães, Nós, os Ka’apor e Elas – As Mulheres Krikati, pela perfomance inédita de Ziel Karapotó e pela oficina e apresentação de Wakay (Fulkaxó).
17h – Oficina de flautas e toré com Wakay (Fulkaxó)
Nascido na aldeia Kariri-Xocó (Alagoas) e criado na aldeia Fulni-ô (Pernambuco), Wakay é um representante dos povos Fulni-ô, Kariri Xocó e Fulkaxó do nordeste do Brasil. Há 20 anos lidera a Reserva Indígena Thá-Fene, em Lauro de Freitas, na Bahia. Herdeiro do conhecimento, dos saberes e práticas pelas Medicinas Indígenas, herdado de pai para filho. Co-fundador da Owca Ayam (Ambiente Multirreferencial de Vivências e Aprendizagens pelas Medicinas Indígenas).
Cantor de músicas autorais na sua língua nativa – o Yathê, e também na língua portuguesa, buscando construção de um repertório que transmite as suas mensagens de preservação da natureza, paz e harmonia de maneira amorosa e criativa entre pessoas, povos e nações.
19h – Performance “Oca” Ziel Karapotó (Karapotó)
Oca é uma produção performativa onde o artista almeja, por meio da corporeidade, promover construções de paisagens contra narrativas aos discursos hegemônicos sobre as identidades e territorialidades indígenas na contemporaneidade. Consequentemente, sinalizar fabulações sobre o (r)existir no contexto periférico urbano, apresentando a elaboração de estratégias de territorialização e reafirmação da identidade originária nos múltiplos contextos atravessados.
Artista do povo Karapotó, graduando do curso de Artes Visuais da Universidade Federal de Pernambuco, vem atuando desde 2012 no campo das artes visuais, performance, instalação, curadoria, arte-educação e audiovisual.
Em seus trabalhos aborda questões sobre as configurações das identidades indígenas na contemporaneidade, em especial sobre as etnias no nordeste brasileiro, e os múltiplos contextos nos quais estão inseridos, consequentemente sobre os problemas sociopolíticos que os atravessam. Acredita na arte, ciência dos seus ancestrais e do seu corpo como ferramenta discursiva de resistência e força anticolonial. Oriundo da comunidade Terra Nova, São Sebastião (AL) e reside em Recife, desde 2015. É integrante do grupo de pesquisa Ciência e Arte indígena no Nordeste da UFPE, artista-pesquisador no projeto Culturas de Anti Racismo na América Latina – CARLA da UFBA. Desde 2021, é coordenador geral da Associação de Indígena em contexto Urbano Karaxuwanassu – ASSICUKA. Acredita na arte indígena como resistência anticolonial. É o criador da marca do Festival Indigenas.br deste ano e performer.
19h30 – Exibição dos documentários inéditos da Mostra Sons Indígenas do Maranhão, com direção de Carlos Magalhães
Nós – Os Ka’apor
A luta por território está no sangue do povo Ka’apor, unindo o novo e o antigo, através dos cantos e do toque ancestral da flauta em um ritual, entramos em contato com a força de um povo guerreiro da Amazônia maranhense.
Elas – As Mulheres Krikati
Um canto ecoa pelo cerrado maranhense em uma noite de luar e fogueira, a ancestralidade dessa voz, traz a força das guerreiras que dizem que o agora é delas, das Mulheres Krikati.