O Núcleo Educativo do Centro Cultural Vale Maranhão, considerando a importância da investigação poética entre seus educadores, bem como as possibilidades de extensão para a prática colaborativa entre outros agentes da mediação, apresenta Em 2 tempos, uma série de vídeos criados para expandir conceitos, discursos e estudos a respeito das exposições do CCVM.
A primeira experimentação foi construída a partir da exposição coletiva “Desmanche”, que esteve em cartaz de abril a novembro de 2021. Partindo do conceito do arquétipo¸ os três vídeos trabalham três figuras fundamentais do imaginário individual e coletivo, orientadoras dos saberes próprios da transformação: a bruxa, o mágico e o caçador. Os trabalhos foram desenvolvidos por meio de textos poéticos e captação de sons e imagens externas e da exposição, resultantes das fricções com estudos e obras de diversas naturezas.
Para a exposição Retratos Quilombolas – que esteve em cartaz no CCVM de dezembro de 2021 a março de 2022 – foi escolhido o conceito de TERRITÓRIO para investigação. Diante da diversidade de significados que o termo apresenta, dependendo da perspectiva e dos interesses de quem o demarca, optou-se por uma abordagem cultural, onde o espaço vivido se desdobra na ação construtora do mundo. A experiência humana, estabelecida nas relações com o meio e com outros indivíduos, foi a chave para compreender o espaço geográfico como lugar significado pela vida cotidiana.
“Por que você está usando essa roupa?”. Uma pergunta que permite amplos significados. Ao escolhermos uma roupa, construímos, comunicamos, provocamos.
Considerando a importância da investigação poética entre seus educadores e as possibilidades de extensão para a prática colaborativa entre outros agentes da mediação, o Núcleo Educativo do Centro Cultural Vale Maranhão apresenta “Em 2 Tempos”, uma série de vídeos criados para expandir os conceitos, estudos e discursos sobre as exposições do CCVM.
Para a exposição ELKE – que esteve em cartaz no CCVM de maio a novembro de 2022 – foi investigada a relação do público com a roupa cotidiana – peça-chave na ética, expressão e estética de Elke Maravilha – em uma provocação sobre como a vestimenta reflete uma escolha de sentidos a respeito de nossa identidade e o lugar ao qual pertencemos.