Série de podcasts que, a partir do campo da urgência do fazer, destaca e aprofunda aspectos da produção cultural popular.
O projeto é desenvolvido e apresentado pelo Núcleo Educativo do CCVM e tem como objetivo apresentar conteúdos que enfatizam a inexistência de fronteiras entre vida cotidiana, arte e função, nas práticas, saberes e fazeres do povo.
O conteúdo pode ser ouvido no perfil do Centro Cultural Vale Maranhão no Spotify.
No mês em que as festas de santos tomam conta dos bairros pelo Brasil, apresentamos no Faz Colher e Borda o Cabo um santo que possui uma história inusitada em relação às outras divindades cristãs: São Gonçalo. O protetor dos violeiros, dos marinheiros e dos ossos conquistou a fé dos brasileiros como santo casamenteiro das moças mais velhas, diferente de Santo Antônio, em quem se agarram as mais novas.
As festividades populares ligadas a São Cosme e Damião são o tema dos novos episódios do podcast Faz Colher e Borda o Cabo. Correr atrás de doces no mês de setembro é uma prática popular que foge à instituição e faz parte da vida de muitas crianças brasileiras. O motivo que organiza essa festividade é a devoção e a fé no poder de cura dos santos gêmeos Cosme e Damião. Comidas, danças e cantigas reforçam saberes ancestrais, produtos das interações entre diversos povos, agregando formas e funções que relacionam corpo e espaço.
Os Kaiowá – um dos três povos que compõem a etnia Guarani – entendem a palavra como um elemento fundamental. É alma, linguagem, personalidade, voz. A edição de abril do podcast Faz Colher e Borda o Cabo traz a pesquisa da estagiária do Núcleo Educativo do CCVM, Lyssia Santos, sobre o cântico dos Kaiowá, sua cosmovisão e como utilizam o cântico como forma de resistência. Ligue o som e escute um trecho que separamos para vocês.
A cestaria é produto da memória viva de uma existência e tece relações culturais e históricas. Na edição de março do podcast Faz Colher e Borda o Cabo, Amanda Everton, do nosso Núcleo Educativo, apresenta a Cestaria dos Canela Ramkokamekrá, grupo indígena que faz parte da família dos Timbira.
A transmissão e o saber ancestral, origem e funções estão entre os temas abordados. Para a série, contamos com a participação de Katiana Pamkwyj Canela.
“Sobre um pedestal, o boi é colocado virado para o altar com uma vela acesa ao seus pés. O couro fica coberto pela saia, aumentando o mistério de como será a cada ano”. Celebrando um dos personagens fundamentais dos folguedos brasileiros, o podcast Faz Colher e Borda o Cabo de fevereiro apresenta a pesquisa do estagiário Iago Aires sobre o Boi. As mitologias, a construção da máscara do Bumba Meu Boi, os rituais de batismo e sacrifício, o miolo que se une ao Boi em um só corpo são alguns dos temas presentes nos episódios. Ligue o som e ouça um trecho que separamos para você.
Os Tikuna são um dos grupos indígenas mais numerosos presente no território brasileiro. No novo episódio do Faz Colher e Borda o Cabo, a pauta é a Festa da Moça Nova Tikuna, um ritual de passagem que marca a transição da infância para a fase adulta das meninas indígenas.
A primeira menstruação estabelece o início dos preparativos para a festa e a abertura do tempo de reclusão da iniciada. O ritual dura três dias, entre músicas, danças, fabricação de adornos e instrumentos musicais, aconselhamentos, benzimentos e pinturas feitas nas meninas. Ligue o som, pois separamos um trecho para aguçar sua curiosidade.
No último podcast do ano, apresentamos as Tapuias, índias protetoras dos grupos de Bumba Meu Boi de Zabumba. A personagem surgiu nos grupos de Boi da região de Guimarães, cidade maranhense com forte presença de comunidades quilombolas.
O santo que não tem igreja: nos novos episódios do Faz Colher e Borda o Cabo, a estagiária do Núcleo Educativo do CCVM, Jayde Reis, apresenta São Marçal, santo que dá nome à tradicional festa dos grupos de Bumba Meu Boi de matraca do Maranhão, e a origem desta manifestação de rua.
As miçangas estão presentes há anos na confecção de acessórios em diversas civilizações, e, hoje, são facilmente associadas às produções dos povos originários. A feitura indígena de peças, utilizando tanto sementes quanto miçangas, materializa valores sociais e culturais reproduzidos de maneira ancestral.
Os episódios de setembro do Faz Colher e Borda o Cabo apresentam a Festa de São Bilibeu, que acontece nas aldeias indígenas do povo Akroá Gamela de Centro Antero dos Reis e Taquaritiua, na cidade de Viana (MA).
O festejo para o santo, que cura gente e bicho doente, é dividido em fases que se iniciam no sábado de Carnaval e terminam na quarta-feira de cinzas.
Nos episódios do Faz Colher e Borda o Cabo de agosto, o estagiário do Núcleo Educativo do CCVM, Carlos Eduardo Carvalho, apresenta sua pesquisa sobre os grafismos do povo indígena Mebengokré Xikrin.
A origem, função, lendas, símbolos e como a pintura com jenipapo se relaciona com a organização social em momentos importantes dentro da aldeia compõem o trabalho.
O educador Junior Reis, do núcleo educativo do CCVM, apresenta uma pesquisa sobre as palafitas amazônicas, tipo de moradia sustentada por estacas de madeira, geralmente construída em regiões alagadiças. Diferentemente das palafitas situadas nas outras regiões do Brasil, como em São Luís, Recife, Baixada Fluminense e Santos, onde essa construção é sinônimo de falta de políticas públicas frente ao crescimento desordenado das cidades, as palafitas amazônicas designam uma maneira de morar oposta à precariedade, evidenciando a relação direta que possuem com os saberes indígenas.
Jocoso, assustador, amedrontador… Toda criança no carnaval já teve uma pouco de medo dele: o Fofão! Nestes episódios do podcast Faz Colher e Borda o Cabo, o estagiário do núcleo educativo do CCVM, Iago Aires, apresenta sua pesquisa sobre o fofão, trazendo características, fatos históricos do carnaval maranhense e a importância de figuras fantásticas em diversas festividades no Brasil e no mundo.
Os episódios de maio de 2023 do Faz colher e borda o cabo apresentam os saberes e fazeres ligados às cerâmicas produzidas em Itamatatiua, comunidade quilombola do Maranhão, evidenciando a feitura para além de uma prática artesanal, demonstrando como esta sabedoria é uma manifestação da territorialidade.
Os episódios de abril apresentam a Festa do Moqueado, tradição do povo Guajajara para marcar o início da fase adulta das mulheres da aldeia.
O universo mágico-religioso de cura de males e doenças é o tema dos episódios de março do podcast Faz Colher e Borda o Cabo. A educadora Amanda Everton apresenta as tradicionais benzedeiras, suas rezas, objetos, gestuais, bem como algumas enfermidades, e como são diagnosticadas e tratadas.
O Tambor de Crioula sob a perspectiva da circularidade é o tema dos episódios de fevereiro do Faz Colher e Borda o Cabo.
Espaços, disposição dos brincantes, formato de instrumentos, o rodar da saia das coreiras… Em 4 episódios, o estagiário do núcleo educativo, Carlos Eduardo Carvalho, apresenta possíveis origens e diversas características sobre o movimento circular no Tambor de Crioula, patrimônio imaterial da humanidade.
Nos primeiros episódios do Faz Colher e Borda o Cabo de 2023, a estagiária do núcleo educativo do CCVM, Jayde Reis, apresenta a tradicional Festa da Juçara. A colheita como expressão festiva em diferentes povos, a origem da festa no bairro do Maracanã em São Luís, os ritos, técnicas, a importância da celebração e a evolução da festa ao longo dos anos são alguns dos temas abordados na pesquisa.
O estagiário do Núcleo Educativo, Iago Aires, compartilha sua pesquisa sobre embarcações tradicionais, em que apresenta a relação entre paisagem e ancestralidade na construção dos conhecimentos náuticos, o fazer da embarcação, as ciências usadas pelos operários navais e as diferenças, estilos, funções e técnicas de três embarcações tradicionais do Maranhão.
Sisudas, assustadoras, sombrias, mal-humoradas… As carrancas ocupavam proas de embarcações ao longo do tempo, com os mais diversos desenhos e justificativas, tendo seu simbolismo renovado de acordo com sua localidade. Nos novos episódios do Faz Colher e Borda o Cabo, Maeleide Lopes, educadora do Centro Cultural Vale Maranhão, nos conta sobre a história dessas esculturas e sua importante relação com o imaginário popular e a identidade ribeirinha.
Um dos instrumentos de percussão mais famosos que compõem a sonoridade do São João do Maranhão é o tema dos novos episódios do nosso podcast.
A educadora do Núcleo Educativo, Amanda Everton, conta um pouco da origem, da simbologia, formas e usos da matraca para a brincadeira que é motivo de emoção e devoção para os maranhenses.
O educador Junior Reis aborda a exuberância da indumentária, as diferentes experiências corporais dos bailantes e importantes elementos que conferem autenticidade à dança de um dos mais importantes personagens do folguedo de Bumba Meu Boi.
Pés, braços, mãos, cabeças, órgãos, cartas, fotos… Os presentes ofertados aos santos como forma de agradecer ou renovar uma promessa são o tema destes episódios do Faz Colher e Borda o Cabo.
Considerada uma das primeiras plantas cultivadas no mundo, ela fincou sua raiz na criatividade popular e ganhou sentido em diversos contextos culturais.
“O que os praticantes da pixação põem em cena é um radical questionamento sobre o espaço urbano, um questionamento que é teórico e prático, artístico e retórico”, comenta Marcia Tiburi no artigo “Direito Visual à Cidade – A estética da PiXação e o caso de São Paulo”.
O pixo é o tema dos episódios do “Faz colher e borda o cabo”, apresentados pelo estagiário do núcleo educativo, Carlos Eduardo Carvalho. O contexto histórico e social, a estética e, principalmente, o lugar que a pixação ocupa em grandes centros urbanos são algumas das abordagens que poderão ser escutadas.
Esta série de episódios fala sobre o percurso do álcool na história da humanidade até chegar na cachaça nas festas populares, trazendo exemplos do festejo de São Bernardo, Festa do Divino e Tambor de Crioula.
O podcast Faz colher e borda o cabo de abril traz a mais famosa iguaria baiana como tema: o acarajé.
Os episódios apresentam a pesquisa do educador Junior Reis sobre as origens do acarajé no Brasil, sua relação com a língua e a mitologia iorubá, e mostra como a venda e a produção dessa comida são indissociáveis do candomblé.
Nos novos episódios do Faz colher e borda o cabo, a educadora Maeleide Lopes apresenta o Reisado de Caretas, uma das manifestações culturais, religiosas e festivas do Ciclo Natalino. Trazendo o riso como algo inusitado no ritual, e a personagem Careta como provocadora desse riso.
O estagiário do Núcleo Educativo do CCVM, Carlos Eduardo Carvalho, apresenta uma pesquisa sobre as emblemáticas radiolas de reggae da Jamaica brasileira, trazendo um olhar sobre a estética e a importância delas para o ritmo.
O estagiário do Núcleo Educativo do CCVM, Gabriel dos Anjos, apresenta as bonecas de cerâmica dos indígenas Karajá, revelando suas relações com a cosmologia e o saber-fazer da cerâmica pelas mulheres.
O utensílio mais famoso das cestarias maranhenses é o protagonista dos novos episódios do podcast Faz Colher e Borda o Cabo.
A estagiária do Núcleo Educativo do CCVM, Amanda Everton, apresenta a pesquisa sobre o cofo com histórias fictícias baseadas em memórias de artesãos maranhenses.
O cazumba e as relações intrínsecas à máscara no auto do Bumba Meu Boi maranhense são apresentados pelo estagiário do núcleo educativo do CCVM, Carlos Carvalho. A origem, a originalidade por trás dos elementos estéticos e visuais e as potencialidades da brincadeira e do brincante, elementos que compõem toda a cosmologia desse personagem são explicados em três episódios. Ouça!
Mestre Bimba e a metodolodia de ensino para a capoeira pela perspectiva da corporeidade é o tema dos novos episódios do Faz Colher e Borda o Cabo, apresentados pelo estagiário do núcleo educativo do CCVM, Gabriel dos Anjos.
Nos novos episódios do Faz colher e borda o cabo, a educadora Maeleide Lopes apresenta a singularidade e estrutura poética dos versos no universo musical da festa do Divino Espírito Santo, uma das mais tradicionais celebrações religiosas do estado do Maranhão.
A tradicional farinha de mandioca, alimento presente na mesa de qualquer maranhense, é o tema dos novos episódios do podcast Faz colher e borda o cabo, apresentados pelo educador Junior Reis.
Mitos, ritos, saberes e práticas de caça da cultura Xakriabá serão abordados nos novos episódios do ‘Faz colher e borda o cabo’ pelo educador do CCVM, Erick Ernani.
A educadora Maeleide Lopes apresenta sua pesquisa sobre a arte secular das trancistas: sua origem, seus signos de orgulho e afirmação de identidade como símbolos de resistência e força nas culturas africanas.
Auritha Tabajara é a primeira indígena cordelista do Brasil e sua arte e sua literatura são o tema dos novos episódios do ‘Faz colher e borda o cabo’, apresentado dessa vez pelo estagiário do núcleo educativo do CCVM, Gabriel dos Anjos. “A forma sensível como Auritha usa as palavras e conta sobre sua jornada de vida chamou minha atenção e ver o cordel no contexto de produção literária indígena foi uma oportunidade que mudou minhas percepções sobre o estilo”, conta Gabriel.
Desta vez, a Renda de Bilro é o tema escolhido. A origem, difusão, aprendizagem, experiências estéticas e sonoras proporcionadas por essa técnica permeiam a pesquisa realizada pelo educador do CCVM Junior Reis, que apresenta os episódios.
Nesta semana, os adornos plumários dos índios Kaapor são o tema escolhido. O educador Erick Ernani nos conta sobre a variedade, a relação dos adornos com a cosmologia da etnia, características das obras, técnicas de colagem e mais.
Na primeira série de episódios, o tema são os ditados populares, expressões que se encontram em todos os espaços, acompanhando as narrativas do homem. Nos três episódios, aprendemos sobre a origem, o uso, a função e conhecemos – ou relembramos – ditos populares que perpassam décadas de uso.